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Excesso de petróleo acumulado durante pandemia chega perto do fim. Consumidores temem aumento dos preços

20 de abril de 2021 às 14:18
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Petróleo – pandemia
Plataforma de petróleo/ Fonte: VEJA

O petróleo acumulado durante a pandemia da Covid-19 está quase no fim; Tal fator favorece produtores e a retomada dos preços, mas preocupa consumidores

O petróleo acumulado que foi extraído durante a pandemia da Covid-19 pode estar chegando ao fim. O acontecimento fortalece os produtores e a retomada dos preços no mercado, porém, tal fato preocupa os consumidores. A Opep e seus aliados possuem a maior parte de sua produção fora do mercado, enquanto a recuperação econômica, que ainda é irregular, reacendeu a demanda global de combustível reequilibrando o mercado.

Petróleo em excesso perto do fim

De acordo com a Agência Internacional de Energia, quando a demanda por petróleo caiu drasticamente, no ano passado, no início da pandemia, apenas 20% do excedente havia enchido os tanques de armazenamento das economias avançadas. Desde então, como diminuiram a oferta acumulada no mar e o armazenamento em tanques sul-africanos, o estoque restante também teve queda.

Essa tendência de excesso de petróleo durante a pandemia da Covid-19 trouxe os preços internacionais do petróleo para perto de US$ 67 por barril, o que beneficiou os produtores, mas também tornou cada vez mais motoristas e governos cautelosos com a inflação.

Ed Morse, chefe de pesquisa de commodities do Citigroup, diz que os estoques de petróleo que estão acumulados na OCDE estão na mesma média que estavam há cinco anos atrás. Morse ainda diz que o estava sobrando, atualmente está totalmente concentrado na China, que, durante os últimos anos, vem acumulando uma reserva de petróleo permanente.

Excesso de petróleo durante a pandemia da Covid-19

Especialistas da IHS Markit – empresa britânica de informações e serviços financeiros, dizem que ainda há um superávit em uma província na China, em Shandong. Eles ainda dizem que esse petróleo acumulado durante a pandemia da Covid-19 pode ser destinado para abastecer novas refinarias.

Pode levar mais tempo para eliminar todo o excedente global de petróleo, porque a Opep + está retomando as paralisações nas produções e uma nova onda de demanda ameaçadora, desencadeada pela Covid-19 na Índia e no Brasil, podem influenciar todo o processo. No entanto, o fim do superávit parece estar a vista.

A AIE estima que os estoques de petróleo, nas economias desenvolvidas no mês de fevereiro, foram apenas 57 milhões de barris acima da média de 2015-2019 e abaixo do pico de julho de 249 milhões de barris.

Estados Unidos têm queda no estoque de petróleo produzido durante a pandemia da Covid-19

Nos Estados Unidos, o excesso de estoque acumulado foi efetivamente eliminado. Segundo dados, no final de fevereiro, os estoques totais de petróleo e derivados caíram para 1,28 bilhão de barris, nível anterior à chegada da Covid-19 e ainda próximo desse patamar. Na semana passada, o que estava estocado na costa leste dos Estados Unidos caiu para o nível mais baixo em pelo menos 30 anos.

O excedente de petróleo acumulado no oceano também está diminuindo. De acordo com a IHS Markit, quando as instalações em terra ficaram sem espaço para armazenagem de petróleo no ano passado, os navios se transformaram em armazéns flutuantes temporários, mas o número despencou.

O sinal óbvio dessa tendência é a redução da capacidade dos tanques de armazenamento no Centro Logístico da Baía do Saldanha, na costa oeste da África do Sul. Esta é uma localização estratégica para as tradings, que lhes permite transportar mercadorias de forma ágil e rápida para diferentes países. De acordo com dados de rastreamento de navios monitorados pela Bloomberg, o estoque do terminal caia para 24,5 milhões de barris, o menor nível em um ano.

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