Em meio à correria do dia a dia, quem poderia imaginar que aquela velha nota de R$ 1, que tantos de nós manuseamos sem dar muita importância, se tornaria um verdadeiro objeto de desejo entre colecionadores.
Isso acontece porque a cédula que um dia representou a esperança de uma nova economia brasileira agora pode valer até R$ 1700. Ou seja, você está sentado em um pequeno tesouro e talvez nem saiba!
A história começa em 1º de julho de 1994, quando o real entrou em circulação no Brasil, trazendo uma mudança significativa para a economia do país.
Criada para combater uma inflação que ultrapassava 2.000% ao ano, a nova moeda trouxe estabilidade e maior poder de compra para os brasileiros.
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Na época, a nota de R$ 1 era um símbolo dessa transformação, capaz de comprar até 10 pães franceses.
Com o passar dos anos, a economia brasileira estabilizou, mas a desvalorização da moeda foi inevitável. Mesmo assim, a nota de R$ 1 manteve seu charme, tornando-se uma peça cobiçada pelos colecionadores.
A produção da cédula em papel foi encerrada em 2004, sendo substituída pela moeda metálica. Segundo o Banco Central, a decisão foi motivada pela curta vida útil das cédulas de R$ 1, que duravam em média apenas 13 meses, tornando sua produção cara.
O valor da raridade: o que torna a cédula tão especial?
Segundo Mariana Campos, diretora comercial da Sociedade Numismática Brasileira (SNB), o valor de uma nota de R$ 1 pode variar bastante, especialmente se estiver em bom estado de conservação.
“Se a nota estiver sem danos e parecer nova, pode valer centenas de reais. E se o número de série começar com a letra B e terminar com a letra A, seu valor pode ser ainda maior devido à sua raridade”, explica ela.
Ainda conforme a especialista, vários fatores contribuem para o valor de uma moeda ou cédula rara. A quantidade de peças cunhadas, o estado de conservação e a existência de eventuais erros de fabricação são alguns dos principais.
“O grau de raridade é determinado pela dificuldade de se encontrar determinada moeda”, acrescenta Mariana, relatando ainda que, em geral, peças com baixa emissão ou com características únicas são as mais valorizadas.
Como saber se sua nota de R$ 1 é um tesouro?
Encontrar uma nota de R$ 1 valiosa pode ser um golpe de sorte. De acordo com especialistas, as notas mais valiosas são aquelas que exibem menos de 20% de desgaste e que mantêm os detalhes da fabricação original.
A SNB conta com cerca de 800 sócios e estima-se que haja entre 5 a 10 mil colecionadores ativos no Brasil.
O mercado de numismática é vasto e, apesar de não haver números exatos no Brasil, nos Estados Unidos, a Heritage Auctions estima que o setor movimente entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões anualmente.
Mercado de colecionadores no Brasil e no mundo
No Brasil, aqueles que desejam vender suas peças raras podem anunciar em grandes marketplaces ou buscar informações sobre colecionadores e eventos no site da SNB.
Cristiano Bierrenbach, sócio da Heritage Auctions, destaca que a expectativa para 2024 é movimentar cerca de US$ 500 milhões somente em leilões de moedas e cédulas.
E você, tem um tesouro escondido em casa?
A nota de R$ 1 real que você guardou no fundo da gaveta pode ser muito mais valiosa do que você imagina. Será que você está sentado em um pequeno tesouro? Deixe seu comentário e compartilhe suas experiências!