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Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 16 comentários

Escassez de mão de obra na Marinha do Brasil: Milhares de vagas para Oficiais da Marinha, mas falta mão de obra qualificada

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 06/07/2024 às 20:40
Estudo revela uma escassez de mão de obra de até 4 mil oficiais da Marinha de cabotagem até 2030, comprometendo operações marítimas.
Foto: Freepik

Estudo revela que o Brasil pode enfrentar um déficit de até 4 mil oficiais de Marinha de cabotagem até 2030, comprometendo operações marítimas. A escassez de mão de obra exige uma resposta urgente para garantir a formação e capacitação de novos profissionais no setor.

Nos próximos anos, o setor marítimo brasileiro enfrentará um desafio significativo: a crescente escassez de mão de obra de oficiais de Marinha especializados em navegação e cabotagem. Um estudo recente conduzido pela Fundação Vanzolini e pelo Centro de Inovação em Logística e Infraestrutura Portuária da USP, em colaboração com a ABAC e o SYNDARMA, revela projeções alarmantes. Até 2030, estima-se que o país poderá enfrentar um déficit de até 4 mil oficiais, comprometendo não apenas a operacionalidade das embarcações, mas também a segurança e eficiência das atividades marítimas.

Desafios e impactos da escassez de mão de obra

Segundo a pesquisa, a falta de mão de obra qualificada pode resultar em dificuldades operacionais significativas.

Com 96 projetos de navegação e cabotagem atualmente em fase de licenciamento ambiental junto ao IBAMA, espera-se um aumento na demanda por embarcações, especialmente aquelas destinadas ao apoio marítimo.

Este cenário reforça a necessidade urgente de preparar novos profissionais para atender às demandas futuras do setor.

Preparação e formação dos Oficiais da Marinha

Para suprir o déficit projetado, a Marinha do Brasil precisa expandir sua capacidade de formação.

Atualmente, as Escolas de Formação de Oficiais de Marinha Mercante (EFOMM), como o CIAGA no Rio de Janeiro e o CIABA em Belém, são responsáveis pela preparação desses profissionais.

No entanto, o número de vagas oferecidas varia conforme as condições econômicas do setor, o que pode resultar em períodos de escassez durante fases de crescimento econômico.

Impacto econômico e estratégico

O professor João Ferreira Netto, coordenador do estudo, ressalta que a formação desses profissionais demanda tempo e especialização, com muitos graduados dedicando cerca de cinco anos para se especializar em operações específicas antes de ingressarem plenamente no mercado.

Esta lacuna entre a formação e a disponibilidade efetiva no mercado de trabalho pode exacerbar ainda mais os desafios enfrentados pelo setor marítimo brasileiro nos próximos anos.

Projeções e respostas estratégicas para a escassez de mão de obra na Marinha do Brasil

Além das entrevistas com armadores, oficiais da Marinha e representantes sindicais, o estudo também considerou os impactos potenciais dos projetos futuros, como a instalação de usinas eólicas offshore no Brasil.

Essas iniciativas não apenas aumentarão a demanda por transporte marítimo, mas também requererão um contingente robusto de oficiais capacitados para operar em águas brasileiras.

Diante dessas projeções alarmantes, é crucial que o Brasil intensifique seus esforços na formação e capacitação de novos oficiais da Marinha.

A colaboração entre instituições educacionais, setor privado e governo será fundamental para mitigar os impactos da escassez de mão de obra e garantir a sustentabilidade e eficiência das operações marítimas no país.

Fonte: PetroNotícias.

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Jorge Adalberto Silva
Jorge Adalberto Silva
07/07/2024 10:16

Bom dia tenho 46 anos tem vaga pra mim obrigado

Willian
Willian
07/07/2024 12:08

Bom dia, o grande culpado nessa história é a marinha do Brasil. Pois ao fazer o curso de marinheiro o ensino é o mesmo e no final um grupo são para mar e outro para fluviais.

Adriano
Adriano
07/07/2024 13:05

É só melhorar o salário que grande parte da força de trabalho maritimo, aparece. Agora com esses salarios de fome é que ninguem quer.
A profissão já é perigosa e arrojada e com salário de fome é que não dar.

Alexandre Moraes
Alexandre Moraes
07/07/2024 15:00

É só dobrar o salário que aparece uns 10 mil.

Wesley Charles
Wesley Charles(@wesmir)
Member
07/07/2024 15:31

O problema não é o salário, Marinha mercante paga muito bem, o problema é que a formação desses profissionais fica a cargo da Marinha.
Provavelmente as provas da Efomm deve ter mais vagas.

Rodrigo
Rodrigo
Em resposta a  Wesley Charles
10/07/2024 23:12

Certíssimo, so colocam 30 vagas
Muita gente quer trabalhar

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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