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Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 4 comentários

Empresa dos Estados Unidos desenvolve tecnologia que transforma calor em eletricidade e pode fornecer energia a preços baixos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 09/02/2025 às 05:44
calor em eletricidade
Foto: Reprodução

Uma empresa dos Estados Unidos criou uma tecnologia inovadora que transforma calor em eletricidade, prometendo uma fonte de energia mais acessível e eficiente

A busca por soluções energéticas eficientes e sustentáveis tem sido uma prioridade global. Recentemente, uma inovação promissora ganhou destaque: a tecnologia termofotovoltaica (TPV), que converte calor armazenado em eletricidade.

A empresa Heat2Power (H2P), sediada na Califórnia, está na vanguarda desse avanço e promete oferecer energia a custos reduzidos para o setor industrial.

Com o aumento da demanda por eletricidade e a necessidade de soluções mais limpas, essa tecnologia pode ser um divisor de águas para indústrias que consomem grandes quantidades de energia e geram desperdício térmico significativo.

Como funciona a tecnologia Termofotovoltaica (TPV), transforma calor em eletricidade

Este gráfico mostra um sistema termofotovoltaico básico (TPV). Uma fonte de energia, como solar, química, nuclear ou elétrica, gera calor que é alimentado em um recipiente de armazenamento de calor. O emissor térmico libera essa energia armazenada e uma célula TPV a converte em energia elétrica.

Os dispositivos TPV são semelhantes às células solares tradicionais, mas, em vez de converterem luz do sol em eletricidade, eles utilizam calor como fonte de energia.

O cofundador da Heat2Power, Stephen Forrest, explica: “Dispositivos termofotovoltaicos são muito parecidos com células solares, exceto que convertem calor, ao contrário da luz solar, em eletricidade”.

A tecnologia pode ser integrada a sistemas de armazenamento de energia térmica (TES), permitindo que o calor excedente gerado por usinas industriais seja reaproveitado.

Isso não apenas reduz o desperdício de energia, mas também melhora a eficiência e sustentabilidade de fontes renováveis como solar e eólica.

O impacto no setor industrial

O desperdício de energia na indústria é um problema crônico. Estima-se que cerca de 20% a 50% da energia consumida seja dissipada na forma de calor.

Para se ter uma ideia, apenas na Califórnia, a energia solar desperdiçada poderia abastecer aproximadamente 300.000 residências.

Com a implementação dos dispositivos TPV da Heat2Power, esse cenário pode mudar drasticamente. A empresa afirma que sua tecnologia tem uma eficiência de conversão de calor para eletricidade superior a 44%, com potencial para ultrapassar os 50%.

Essa taxa de conversão é muito superior a outras tecnologias atualmente disponíveis no mercado.

Viabilidade e escalabilidade

Outro fator que torna essa solução atraente é sua compatibilidade com processos de fabricação existentes.

Empresas que atuam na área de armazenamento de energia e reaproveitamento de calor residual já demonstram grande interesse na tecnologia.

Temos mais clientes para isso do que podemos atender atualmente”, revelou Forrest. O dispositivo foi desenvolvido na Lurie Nanofabrication Facility, na Universidade de Michigan, e promete ser uma solução escalável para diversas indústrias, reduzindo custos operacionais e melhorando a sustentabilidade.

A Heat2Power aposta que sua tecnologia terá um impacto significativo na transição energética global.

Com um mercado cada vez mais focado na redução de emissões de carbono e na otimização do uso de recursos energéticos, soluções como os dispositivos TPV podem desempenhar um papel crucial.

Os avanços na eficiência da conversão de calor em eletricidade podem incentivar investimentos em sistemas de armazenamento de energia térmica, criando um ecossistema mais eficiente para a geração e o uso de energia renovável.

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Hugo
Hugo
10/02/2025 12:46

Imaginem esse sistema adaptado nos veículos híbridos, potencializando a recarga das baterias e assim melhorando a autonomia dos mesmos.

Eduardo lima
Eduardo lima
10/02/2025 22:51

Existe uma tecnologia antiga que é capaz de fazer o mesmo, mas foi desenvolvida para refrigeração, chama pastilha Peltier, tem alguma relação com esse novo método?

Lino
Lino
12/02/2025 14:43

Essa nova tecnologia vem à calhar com a nova bateria de areia criada para armazenar calor em grande escala.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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