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Início Elevado preço do petróleo no mercado internacional contribui para forte valorização, em mais de 80%, das ações da Petrobras

Elevado preço do petróleo no mercado internacional contribui para forte valorização, em mais de 80%, das ações da Petrobras

3 de agosto de 2022 às 12:26
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Elevado preço do petróleo no mercado internacional contribui para forte valorização, em mais de 80%, das ações da Petrobras
Foto: reprodução www.agenciapetrobras.com.br

A alta do petróleo pode ser relacionada à retomada das atividades econômicas pós-pandemia e à guerra na Ucrânia, tendo provocado aumento considerável nas ações da Petrobras

Desde a retomada das atividades econômicas, após a pandemia de Covid-19, e o início da guerra na Ucrânia, tem-se observado a valorização do petróleo no mercado internacional. Com isso, as ações da Petrobras também apresentaram aumento considerável.

Conforme a CNN Brasil, em 26 de julho de 2021, as ações preferenciais (PETR4) da companhia encontravam-se a R$ 18,61. Já na última sexta-feira (29), um dia após o anúncio do lucro de R$ 54,3 bilhões da empresa no segundo trimestre deste ano, o valor de tais ações era de R$ 34,15, o que representa um acréscimo de 83,5%.

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As ações ordinárias (PETR3), por sua vez, tiveram alta ainda mais expressiva neste período, de 90%. O seu valor foi de R$ 19,45 para R$ 36,96.

Bruno Imaizumi associa o cenário pós-pandemia à alta do petróleo no mercado internacional

De acordo com a análise de Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, a valorização do petróleo começou com a recuperação da atividade econômica, depois que a pandemia de Covid-19 passou pelo seu período mais crítico.

Imaizumi explicou que, em julho de 2021, teve início a vacinação dos indivíduos, que passaram a se sentir mais seguros para voltar a circular, provocando uma maior demanda global por petróleo. Então, segundo ele, o preço do petróleo começou a crescer, juntamente às vendas de combustíveis, o que fez com que ocorresse a valorização do preço das ações da Petrobras.

Na semana passada, o petróleo tipo Brent, regularmente usado pela Petrobras, fechou a US$ 110, o que representa uma ampliação de 2,68%. O fenômeno está relacionado à expectativa de uma oferta global reduzida, haja vista a continuidade do conflito no Leste Europeu e os relatos de menor produção, no mês de junho, pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+).

Joelson Sampaio, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), opina que o preço da commodity deve permanecer crescendo durante o restante do ano, o que segue colaborando para a valorização da estatal.

Adriano Pires avalia a valorização da Petrobras e a relaciona também à política de preços de paridade de importação

Já Adriano Pires, diretor da empresa Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), que chegou a ser indicado para a presidência da Petrobras este ano, avalia que outro fator contribuinte para a elevação do valor da companhia foi a manutenção da política de preços de paridade com o mercado internacional.

Além do mais, o alto preço dos derivados, como a gasolina e o diesel, auxiliou para que o lucro da Petrobras atingisse a quantia de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre deste ano.

Pires destaca também que a diminuição da dívida da Petrobras, que obteve queda de 9% em comparação ao primeiro trimestre e se encontra a US$ 53,6 bilhões, demonstra a capacidade de saneamento da estatal.

Assim, diante deste cenário e do valor recorde dos dividendos, anunciados a R$ 87,8 bilhões, as ações têm se mostrado atraentes para o mercado.

Sob esse viés, o diretor do CBIE acredita que as ações, se excluídos os efeitos políticos de a Petrobras ser uma estatal, poderiam estar até mais valorizadas. Pires declarou que a companhia está em um setor de capital intensivo, o qual exige muitos investimentos, porém há uma descontinuidade em sua gestão. Isso porque, a cada quatro ou oito anos, o acionista majoritário – que é o governo – é modificado, o que acaba interferindo para a empresa.

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