BYD antecipa aumento de impostos e traz 100.000 veículos híbridos e elétricos – Entenda como a BYD está revolucionando o mercado de carros no Brasil, garantindo preços competitivos antes de julho
BYD continua nas manchetes com sua chegada na região. Depois de descarregar mais de 5.000 carros no Brasil de uma só vez com seu próprio navio, agora anunciou que trará até 100.000 carros híbridos e elétricos antes de começar julho.
A decisão da marca chinesa está motivada pelo fato de que, a partir de 1º de julho, os automóveis híbridos e elétricos no Brasil sofrerão um aumento adicional no imposto de importação.
Com esta ação, a empresa busca manter os preços baixos que vem praticando desde o início do ano, já que essa nova tarifa poderia levar a custos sendo transferidos para os consumidores. Para se antecipar a essa mudança, a BYD quer atingir a marca de 100.000 veículos importados da China antes de julho.
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Esse volume deve ser suficiente para abastecer as operações da empresa no Brasil até o final do ano, momento em que se espera que comece a produção local em Camaçari, na Bahia, no norte do país.
Mesmo que ocorram custos de armazenamento em portos brasileiros ou em centros de distribuição em diferentes regiões do país, esses gastos seriam menores que o custo adicional do imposto mais alto.
Um Movimento Inusitado
Este movimento incomum deve-se ao aumento substancial do imposto de importação, que passará de 10% para 18% para veículos elétricos e de 12% para 20% para híbridos plug-in a partir de julho. Os híbridos não recarregáveis externamente, uma categoria na qual a BYD não participa, terão uma taxa de 25%.
Um Volume Sem Precedentes de carros BYD
Segundo fontes próximas à marca, entre janeiro e maio deste ano, a BYD importou aproximadamente 30.000 veículos para o Brasil, dos quais 25.000 já estavam registrados em meados de maio e 5.500 foram recentemente descarregados no porto de Suape, em Pernambuco.
Ainda faltam aproximadamente 65.000 veículos para chegar em um mês para cumprir o objetivo. Para conseguir isso, a BYD precisará realizar uma operação logística intensa para garantir que todos os veículos entrem no país antes do dia 30 de junho, evitando assim o aumento do imposto. Essa operação já está em andamento, já que mais de uma dúzia de navios carregados com veículos da marca estão programados para atracar em portos brasileiros nas próximas semanas.
Cada navio deverá transportar em média 3.500 unidades para atingir o objetivo, o que implica em uma chegada muito frequente de navios, aproximadamente um a cada dois dias. “Nosso horário varia. Podemos receber navios a cada três dias, uma semana ou mais. Tudo depende do calendário”, explicou ao meio Leonardo Felippe, diretor da cadeia de suprimentos da BYD.
Atualmente, a BYD opera nos portos de Suape (PE), Vila Velha (Espírito Santo) e Itapoá (Santa Catarina), utilizando navios do tipo Ro-Ro, que permitem a entrada e saída de veículos com suas próprias rodas.
Se o fabricante chinês conseguir importar 100.000 carros até julho, estabelecerá um recorde no Brasil pela maior chegada de veículos importados em um período de seis meses. Isso também refletirá um salto significativo nos resultados da marca no Brasil. Em 2023, a BYD registrou 18.000 unidades no país, e nos primeiros quatro meses de 2024 já foram quase 22.000.
Se a BYD conseguir vender 100.000 veículos em 2024, não só crescerá mais de cinco vezes em comparação com o ano anterior, mas também alcançará o volume de emplacamentos que a Renault conseguiu no ano passado em carros de passeio. A marca chinesa já está entre as dez mais vendidas no mercado brasileiro.
Desafios e Benefícios Logísticos
Importar uma quantidade tão grande de veículos representa um desafio logístico considerável, mas também oferecerá uma economia significativa, permitindo à empresa evitar transferir os custos para os clientes até que comece a produção na fábrica de Camaçari.
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