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China quer concorrer com Starlink de Elon Musk: US$ 943 milhões para lançar 13.000 satélites e revolucionar a internet global

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 14/12/2024 às 03:04
China quer concorrer com Starlink de Elon Musk: US$ 943 milhões para lançar 13.000 satélites e revolucionar a internet global
A China usará satélites LEO, posicionados a 550 km da Terra, para oferecer internet de alta velocidade e baixa latência, superando limitações de conectividade em áreas remotas. O país já firmou parcerias, como com a Telebrás no Brasil, para competir em mercados onde o Starlink enfrenta restrições.

A corrida para dominar o espaço não é mais apenas uma disputa entre superpotências militares, mas também uma batalha por conectividade. A China, com seu ambicioso plano de lançar 13.000 satélites, quer entrar de vez no jogo da internet via satélite, rivalizando diretamente com o Starlink de Elon Musk. A pergunta que fica é: o gigante asiático tem como desbancar o pioneiro da SpaceX?

Com um investimento impressionante de US$ 943 milhões, o projeto G60 é a aposta da Shanghai Spacecom Satellite Technology (SSST) para competir no mercado global de conectividade. A meta é clara: uma rede robusta, de baixa latência e alta velocidade, utilizando satélites em órbita terrestre baixa (LEO).

O que é o projeto G60 da China e como ele funciona

O projeto G60 busca levar internet a regiões remotas e conectar bilhões de pessoas, utilizando a tecnologia de satélites LEO, que orbitam a aproximadamente 550 km da Terra.

Diferente dos satélites geoestacionários, os LEO orbitam mais próximos da Terra, reduzindo a latência e aumentando a eficiência. Isso é crucial para oferecer serviços de internet de alta qualidade em áreas onde a infraestrutura terrestre é limitada ou inexistente.

Além de melhorar a latência, o G60 promete maior alcance em regiões de difícil acesso e mais estabilidade nas conexões. A China também planeja utilizar essa tecnologia para integrar ainda mais sua economia digital.

Guowang: Outra iniciativa chinesa no mercado de satélites

O Guowang, outro projeto chinês, busca criar uma rede nacional de satélites para oferecer cobertura global de banda larga e garantir a segurança e independência digital da China. Essa iniciativa complementa o G60, consolidando a estratégia do país em liderar a conectividade via satélite no cenário mundial.
O Guowang, outro projeto chinês, busca criar uma rede nacional de satélites para oferecer cobertura global de banda larga e garantir a segurança e independência digital da China. Essa iniciativa complementa o G60, consolidando a estratégia do país em liderar a conectividade via satélite no cenário mundial.

Não é apenas o G60 que chama a atenção. O sistema Guowang, também em desenvolvimento, reforça o interesse estratégico da China em liderar o mercado de internet via satélite.

O Guowang tem como meta oferecer cobertura global e consolidar a posição da China como um hub tecnológico. Mais do que conectividade, essa rede promete ser um pilar para a segurança de dados e a independência digital do país.

Para expandir suas operações, empresas como SpaceSail, envolvidas no G60, já firmaram acordos com países como o Brasil. Apesar disso, a entrada em mercados dominados pelo Starlink não será fácil.

Enquanto o Starlink possui mais de 6.000 satélites ativos e atende milhões de clientes, as megaconstelações chinesas encontram sua vantagem em mercados onde o Starlink enfrenta restrições, como na própria China.

O Starlink planeja lançar até 42.000 satélites nos próximos anos, mas enfrenta barreiras regulatórias em alguns países. Essa limitação é uma porta aberta para os projetos chineses.

Com parcerias estratégicas e acordos bilaterais, as empresas chinesas podem preencher lacunas em regiões como América Latina e África, onde a presença do Starlink é limitada.

A relevância estratégica das megaconstelações

As megaconstelações não são apenas um avanço tecnológico, mas também um trunfo geopolítico e econômico.

Esses satélites são essenciais para levar internet a regiões isoladas, como comunidades rurais e áreas de difícil acesso. Isso pode transformar economias locais e reduzir desigualdades digitais.

A disputa entre China e Estados Unidos no setor de satélites reflete uma luta maior por liderança tecnológica global. Quem dominar esse mercado terá não só influência econômica, mas também estratégica.

Com projetos como o G60 e o Guowang, a China está determinada a desafiar o Starlink de Elon Musk. A competição promete beneficiar consumidores ao redor do mundo, oferecendo mais opções e melhores serviços.

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Nivaldo Santos
Nivaldo Santos
15/12/2024 06:24

Essa briga de gigantes da tecnologia, esperamos que contribua para uma melhor educação mundial, e principalmente para diminuir a desigualdade social em cada país.

Ricardo Moreira
Ricardo Moreira
16/12/2024 00:31

Bom se é até 2024 , tem menos de 15 dias pra lançar os 13000 satélites

Eduardo pereira
Eduardo pereira
Em resposta a  Ricardo Moreira
16/12/2024 19:49

Governo lula comprando briga de graça,sabe se que os chineses não tem como fazer isto no mandato do Lula ****,aí a imprensa Brasileira comprada fica noticiando estas bobagem.

GMS
GMS
16/12/2024 13:30

Esses chineses são um bando de dador de cool.

Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

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