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BNDES libera investimento de R$ 80 milhões para a construção de termelétricas a biomassa no estado de Roraima

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 22/06/2022 às 20:03
Com o novo investimento de R$ 80 milhões liberados pelo BNDES para a construção de termelétricas a biomassa no estado de Roraima, a região agora terá novas perspectivas de crescimento no ramo energético e se juntará ao SIN de energia.
Foto: iStock
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Com o novo investimento de R$ 80 milhões liberados pelo BNDES para a construção de termelétricas a biomassa no estado de Roraima, a região agora terá novas perspectivas de crescimento no ramo energético e se juntará ao SIN de energia.

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou um total de R$ 80 milhões para investimento na construção de termelétricas a biomassa no estado de Roraima e, para esta quarta-feira, (22/06), já deu início às primeiras etapas do projeto. Serão construídas no total as termelétricas de Bonfim, Cantá, Pau Rainha e Santa Luz, com o objetivo de diversificar o abastecimento no estado e garantir um novo olhar para o setor energético da região. 

Quatro novas termelétricas a biomassa serão instaladas em Roraima com o investimento de R$ 80 milhões liberado pelo BNDES para a construção das estruturas

O BNDES avança em mais um projeto voltado para a expansão do setor energético na região norte do Brasil e, agora, anunciou a liberação de um investimento total de R$ 80 milhões, para a construção de quatro usinas termelétricas a biomassa nos municípios de Cantá e Boa Vista, em Roraima.

O estado é o único do Brasil que ainda não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia, mas agora terá novas perspectivas para o segmento com o novo projeto energético. 

ELETRODOMÉSTICOS – MERCADO LIVRE

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O banco ainda anunciou que os aportes do investimento são provenientes do BNDES Fundo Clima — Modalidades Energias Renováveis e, além da construção das usinas termelétricas a biomassa, também serão responsáveis pelo custeio dos sistemas de transmissão associados às usinas.

Assim, as termelétricas Bonfim, Cantá, Pau Rainha e Santa Luz terão capacidade total instalada de 40 megawatts (MW), equivalente ao necessário para atender 148 mil residências, garantindo assim mais segurança energética no abastecimento do recurso para os moradores do estado.

E, além de garantir uma nova perspectiva de crescimento do ramo energético na região, o investimento na construção das usinas termelétricas a biomassa também será responsável por contribuir com a agenda ambiental da região. Isso, pois, o projeto vai diminuir a necessidade de geração de diesel no estado, que, além de ser mais cara, contribui para impactos negativos ao meio ambiente. Além disso, o BNDES espera que o projeto evite a emissão de cerca de 2,8 milhões de toneladas de gases do efeito estufa a cada ano de operação.

Projeto de usinas termelétricas a biomassa será abastecido com recursos de reflorestamento e investimento contribuirá para meio ambiente do estado

O BNDES deu mais detalhes sobre o projeto de construção das usinas de geração de energia no estado de Roraima e destacou que as termelétricas a biomassa serão agrupadas em duas áreas (clusters), com compartilhamento das utilidades e dos sistemas de conexão, distantes 90 km um do outro. O primeiro é o de Serra da Lua, que ficará localizado em Cantá, e terá as termelétricas de Bonfim e Cantá, enquanto o de Jacitara, na capital Boa Vista, terá as usinas de Pau Rainha e Santa Luz.

Além disso, todas as termelétricas serão movidas a biomassa, ou seja, utilizarão cavacos de madeira, resíduos da indústria madeireira e outros resíduos orgânicos para gerar a energia que irá abastecer a região.

Para garantir menos impacto ao meio ambiente, o BNDES garantiu que todo o combustível utilizado será proveniente de áreas reflorestadas e o processo de plantio, evitando que novas áreas florestais sejam destruídas para o desenvolvimento da iniciativa. 

E, com o investimento milionário liberado pelo BNDES, o estado de Roraima conseguirá entrar na rota de energia do mercado brasileiro e poderá atrair novos investimentos para o potencial de geração do recurso na região ao longo dos próximos anos.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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