Estudo mostra a importância do Biocombustível na meta de reduzir a emissão de carbono nas próximas décadas
O mundo tem uma meta ousada para as próximas décadas: reduzir, ou até acabar com as emissões de carbono. Um estudo, que será divulgado na conferência multilateral Biofuture Summit II –BBEST2021, detalha que os biocombustíveis são e continuarão sendo o principal fator para a redução das emissões de carbono no segmento de transportes viários em cinco países: Brasil, Estados Unidos, Suécia, Finlândia e Alemanha.
Os biocombustíveis deixarão de ser o fator principal na redução de emissões de carbono na Suécia e Finlândia somente em 2040, quando a maior parte da sua frota de veículos serão veículos elétricos. Segundo o estudo “O papel dos biocombustíveis para a descarbonização do transporte viário”. Isso mostra que o Brasil já apresenta o biocombustível como o principal fator que fará o país diminuir as emissões de carbono.
Brasil tem meta ousada para diminuir as emissões de carbono
Dina Bacovsk, pesquisadora que encabeçou o estudo, revelou que para as cinco economias estudadas (Brasil, Estados Unidos, Suécia, Finlândia e Alemanha) atinjam as suas metas de redução de carbono até 2050, é necessária uma ação em conjunto envolvendo todos os países.
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O estudo mostrou que os cinco países, incluindo o Brasil, possuem recursos em plantações para produzir, em larga escala, biocombustíveis para substituir em até 30% toda a demanda de combustível fóssil até 2060. O estudo incluiu resíduos de safras, plantações voltadas para a produção de energia (como cana-de-açúcar e milho), resíduos orgânicos de diversos processos.
O estudo também analisou o cenário atual versus o potencial de adoção em massa do biocombustível, bem como a adoção de biocombustíveis aprimorados tecnicamente ao máximo, também chamados de maxbios.
O Brasil se destaca neste quesito. Os carros elétricos não aparecem com uma grande contribuição em termos de impacto na matriz energética do Brasil até 2050. Porém, foi alertado que apesar do uso intensivo de biocombustíveis no transporte viário, dado a rota flex e à adição de etanol na gasolina, as emissões de carbono deverão subir até 2045.