Cientistas revelam mina de ouro colossal inaugurada ainda no Império Romano há 2.000 anos, com 300 toneladas de metal precioso intocado
Há mais de 2.000 anos, durante o auge do Império Romano, uma impressionante mina de ouro foi inaugurada, revelando uma riqueza colossal que desafiava a imaginação da época. Estima-se que essa mina tenha guardado em seu interior incríveis 300 toneladas de ouro intocadas, uma herança impressionante de um período em que os romanos dominavam a exploração de metais preciosos em grande escala.
A engenharia avançada, as técnicas de mineração inovadoras e a ambição sem limites foram os pilares que permitiram ao império extrair riquezas de maneira sistemática e em grande volume.
No coração das Astúrias, entre paisagens verdejantes e o azul intenso do Mar Cantábrico, repousa uma riqueza monumental. Sob os pés dos moradores da cidade espanhola de Tapia de Casariego, uma estimativa impressionante de 300 TONELADAS ouro permanece escondida, tornando esta área um potencial centro da maior mineração de ouro da Europa.
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Contudo, a riqueza que poderia transformar a economia local e nacional está cercada por uma controvérsia: o custo ambiental dessa exploração. Será que o brilho do ouro justificará os danos ambientais? Essa é a questão que divide a comunidade.
A proposta de exploração da mina de Salave reacendeu um debate que se arrasta há décadas. Os planos incluem uma abordagem moderna que promete mitigar danos ecológicos. Mas a memória de cicatrizes deixadas por outras minas na Espanha e o receio de consequências irreversíveis mantêm a oposição firme.
Assim, a mina de Tapia de Casariego tornou-se um exemplo clássico do dilema entre progresso econômico e preservação ambiental.
A promessa dourada: história e relevância
A história da mineração em Tapia de Casariego remonta a mais de 2.000 anos, quando o Império Romano explorava intensamente metais preciosos para atender à demanda de sua expansão.
Os engenheiros do Império Romano desenvolveram métodos inovadores, como o ruina montium (“destruição de montanhas”), que utilizava grandes quantidades de água canalizadas por aquedutos para erodir montanhas e revelar os minerais preciosos escondidos.
Essa técnica foi aplicada de forma grandiosa em Las Médulas, em León, que se tornaram a principal fonte de ouro para Roma.
Embora essas técnicas tenham sido eficazes, elas remodelaram drasticamente o meio ambiente. Em Tapia de Casariego, no entanto, o ouro permaneceu inexplorado por séculos, talvez por razões geológicas ou dificuldades técnicas.
Nos tempos medievais, a mineração ressurgiu, mas com métodos muito mais rudimentares, o que resultou em menor impacto ambiental. Agora, em pleno século XXI, a tecnologia moderna promete explorar este tesouro sem os impactos catastróficos do passado. Mas até que ponto essa promessa é realista?
Os desafios ambientais de uma mina em larga escala
Os opositores à exploração da mina de ouro de Tapia de Casariego apontam para os graves impactos ambientais que o projeto pode gerar. A mineração é uma atividade notoriamente agressiva, e a extração de ouro, em particular, tem um histórico de causar danos duradouros aos ecossistemas locais.
1. Perda de biodiversidade
A região de Tapia de Casariego é um refúgio de biodiversidade. Suas zonas costeiras são lar de aves como a gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) e o ganso-patola-do-atlântico (Morus bassanus), que dependem das águas ricas em peixes para sobreviver.
As florestas mistas abrigam espécies emblemáticas como o corço (Capreolus capreolus) e o lobo ibérico (Canis lupus signatus), que utilizam essas áreas como corredor natural.
Além disso, os prados da região florescem na primavera, criando habitats para polinizadores como abelhas e borboletas. Esses ecossistemas interligados são altamente sensíveis às mudanças causadas por atividades humanas. A abertura de uma mina, mesmo com medidas de mitigação, pode causar a destruição desses habitats, colocando em risco espécies ameaçadas ou endêmicas.
2. Poluição hídrica
Um dos maiores temores associados à mineração de ouro é a contaminação dos cursos de água. Produtos químicos, como o cianeto, são frequentemente usados para separar o ouro do minério. Embora a proposta atual para a mina de Salave exclua o uso de cianeto, o risco de contaminação por outros resíduos químicos persiste.
A região abriga importantes corpos d’água, como o rio Eo, que serve de habitat para lontras (Lutra lutra) e salmões do Atlântico (Salmo salar), espécies que dependem de águas limpas para se reproduzirem. Qualquer vazamento acidental poderia devastar a vida aquática e prejudicar a saúde humana, pois essas águas são essenciais para consumo e irrigação.
3. Degradação do solo
A mineração altera a estrutura do solo, deixando-o infértil e sujeito à erosão. Em uma região como Tapia de Casariego, onde a agricultura é uma atividade tradicional, essa degradação poderia ter impactos econômicos profundos. A perda de terras cultiváveis afetaria tanto os agricultores locais quanto a produção sustentável de alimentos.
4. Alteração da paisagem
O impacto visual de uma mina é frequentemente subestimado. Tapia de Casariego é conhecida por sua beleza natural, atraindo turistas em busca de paisagens intactas e tranquilidade. A abertura de uma mina, mesmo subterrânea, poderia desfigurar o cenário e afastar visitantes, comprometendo um dos principais pilares econômicos da região.
O projeto de mineração com uma nova abordagem na mina de ouro do Império Romano?
Apesar das preocupações, os defensores da exploração da mina argumentam que os planos atuais são diferentes. O projeto proposto visa criar uma mina subterrânea, minimizando a destruição da superfície.
Além disso, o uso de cianeto foi descartado, e o minério seria transportado para fora da região para processamento, reduzindo a presença de resíduos químicos locais.
Essas mudanças são apresentadas como uma tentativa de equilibrar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ambiental.
Os defensores apontam que a exploração geraria empregos e receitas fiscais significativas para a região, que tem enfrentado desafios econômicos nos últimos anos.
Contudo, os críticos permanecem céticos, argumentando que mesmo as medidas mais avançadas não conseguem eliminar completamente os impactos negativos.
A resistência organizada: “Ouro, não”
A oposição à mina é liderada pela plataforma “Ouro, não”, um movimento que reúne moradores locais, ambientalistas e ONGs. Para eles, os danos ambientais e sociais superam qualquer benefício econômico que a exploração poderia trazer.
A plataforma defende que, ao final da mineração, a região ficaria marcada por cicatrizes irreversíveis, enquanto a riqueza gerada beneficiaria apenas algumas empresas e investidores.
Os membros da “Ouro, não” também argumentam que há alternativas econômicas mais sustentáveis para Tapia de Casariego, como o fortalecimento do turismo ecológico e o investimento em atividades agrícolas de valor agregado. Eles enfatizam que o verdadeiro tesouro da região é sua natureza intacta, e não o ouro escondido sob ela.
Uma decisão crucial para o futuro
A mina de Salave ainda aguarda aprovação final, e o debate sobre seu futuro está longe de terminar. Enquanto isso, Tapia de Casariego continua sendo uma joia inexplorada, tanto no sentido mineral quanto em termos de beleza natural.
A decisão de abrir ou não a mina será um marco não apenas para a comunidade local, mas também para a política ambiental da Espanha.
Para os defensores do projeto, a mina representa uma oportunidade única de revitalizar a economia das Astúrias. Já para os opositores, ela simboliza uma ameaça a tudo o que torna Tapia de Casariego especial.
O dilema entre desenvolvimento e preservação não é exclusivo desta pequena cidade costeira. Ele reflete um conflito global enfrentado por muitas comunidades: até que ponto estamos dispostos a comprometer o meio ambiente em nome do progresso econômico? A resposta a essa pergunta, no caso de Tapia de Casariego, ainda está por vir.
O futuro da mina de ouro de Tapia de Casariego permanece incerto. Enquanto alguns veem nela uma chance de prosperidade, outros enxergam o risco de uma catástrofe ambiental.
Seja qual for a decisão final, ela moldará não apenas a paisagem da região, mas também sua identidade e legado. Afinal, o verdadeiro valor de Tapia de Casariego pode não estar em seu ouro, mas em sua capacidade de inspirar um equilíbrio entre homem e natureza.
Estimando que o teor do run of mine seja da ordem de 5 g/ t, as trezentas toneladas de ouro envolveriam a extração, moagem e descarte de cerca de 60 milhões de toneladas de rocha, que pode ser facilmente manejado com baixíssimo impacto ambiental a depender da tecnologia a ser empregada no projeto.
“Há mais de” é escrito com “h”.
Os mercenários europeus donos das mineradoras multinacionais só exploram os países **** do 3 mundo da América do Sul e África onde o salário mínimo é equivalente a 10dolares por dia ,acabando com a fauna e flora, enquanto as montanhas da Europa que tem 10vezes mais minérios ,dão intocáveis,ou seja é o quintal dos ricos do 1 mundo não pode mexer
O correto é – há mais de dois mil anos (verbo haver)
O correto é , a mais, haver é um tempo verbal.
Não concordo em tirar o Ouro deste local,acho que os Ambientalistas tem toda razão.🤔🥺🥺🥺👍