Homem que trabalhava embarcado a serviço da Petrobras morreu no domingo de Páscoa, a bordo do navio em que ficava alojado, na Bacia de Campos
Petrobras confirma morte de Luciano de Carvalho Pinto, de 42 anos, que foi encontrado desmaiado em seu camarote, no navio de mergulho Skandi Achiever, às 17h45 do último domingo. Luciano foi dado como morto vítima de infarto fulminante, por meio de videoconferência mediada por enfermeiros a bordo onde um médico atestou que o trabalhador havia morrido em razão de um mal súbito, mas a família alega negligência e falta de atendimento adequado, e diz que o taifeiro ainda estava vivo quando foi socorrido por enfermeiros. A Petrobras nega que houve falha no atendimento.
Segundo o Sindipetro-NF, os relatos são de que o trabalhador reclamou de fortes dores no peito mas teria sido ignorado. Em um texto que circulou por whatsapp, uma mulher presente ao enterro de Luciano, realizado na terça-feira, e que se identifica como esposa de um colega dele, que também trabalhava embarcado, diz que nem sequer as técnicas de ressuscitação foram aplicadas e que o trabalhador teria morrido de fato apenas na segunda, o que implicaria em Luciano ter sido colocado em uma geladeira ainda com vida.
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Por meio de nota, a Petrobras lamentou a morte do trabalhador, que segundo a estatal trabalhava para empresa terceirizada Uniflex Group – Catering & Supply Services, que prestava serviço para a petroleira. A Uniflex disse que Luciano sofreu um infarto fulminante, que não houve falhas no socorro e está prestando apoio à família.
O Sindipetro-NF informou que o corpo do homem foi colocado em uma geladeira e a embarcação deslocou-se para o Porto do Açu, em São João da Barra, chegando à terra na madrugada de segunda-feira, 22 de Abril, quando foi entregue para o Corpo de Bombeiros, que o levou até o IML de Campos.
Segundo informações do 5º Grupamento de Bombeiros de Campos confirmou que fez a remoção depois das 20h20 da segunda-feira, e encaminhou o corpo já sem vida para o IML.
De acordo com o coordenador do Departamento de Saúde do sindicato, Alexandre Vieira, o Sindipetro vai cobrar mais esclarecimentos sobre o caso às autoridades envolvidas e solicita que trabalhadores que tenham informação sobre o caso entrem em contato com o sindicato.
O perfil social do Luciano no Facebook da indícios que ele era funcionário da Uniflex desde novembro de 2017 e atuava na função de taifeiro marítimo, cargo encarregado na arrumação e limpeza de uma embarcação.
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