Pagamento em dinheiro está com os dias contados nas principais rodovias do Brasil. Agilidade, segurança e modernização marcam essa nova era das estradas brasileiras.
Imagine-se no meio de uma viagem, em pleno verão, e ao se aproximar de uma praça de pedágio, você percebe que o pagamento em dinheiro não é mais aceito.
Essa cena, que pode pegar muitos motoristas de surpresa, está se tornando realidade em diversas rodovias brasileiras.
A medida, que promete revolucionar o transporte rodoviário, já causa preocupação entre aqueles que não estão adaptados às novas tecnologias de pagamento.
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Os sistemas de pagamento automático e sua expansão
Desde setembro de 2024, rodovias importantes do estado de São Paulo passaram a adotar cabines de pedágio com pagamento exclusivo por aproximação.
Segundo informações da CCR, além de aceitar cartões por aproximação, essas cabines também possibilitam o uso de dispositivos como celulares e smartwatches com tecnologia NFC (Near Field Communication).
Essa transformação reflete um movimento global em direção à digitalização e à praticidade, mas também destaca a necessidade de inclusão tecnológica, considerando que nem todos os motoristas têm acesso a esses métodos modernos de pagamento.
Outro fator relevante é o avanço do sistema eletrônico de pedágio conhecido como free flow, no qual não há cancela.
Esse sistema, combinado com tags de pagamento automático, vem conquistando espaço rápido e representa uma mudança significativa na experiência dos motoristas nas estradas brasileiras.
A tendência: o fim do dinheiro nos pedágios
Embora o pagamento em dinheiro ainda seja aceito, a CCR estima que ele será completamente extinto até 2026 nas 11 rodovias sob sua administração.
Em julho de 2024, as transações em dinheiro representaram apenas 13,17% do total arrecadado. Esses números reforçam a tendência de ampliação de pedágios com pagamento 100% eletrônico.
Entre as rodovias mais afetadas estão as tradicionais Anhanguera-Bandeirantes, a Raposo Tavares (SP-270) e a Castelo Branco (SP-280).
Essas rodovias, que conectam importantes regiões do estado de São Paulo, são vitais para o transporte e o turismo, o que aumenta a necessidade de adaptação rápida dos motoristas.
Rodovia | Localização | Método predominante |
---|---|---|
Anhanguera-Bandeirantes | São Paulo | Pagamento eletrônico e free flow |
Raposo Tavares (SP-270) | São Paulo | Pagamento eletrônico |
Castelo Branco (SP-280) | São Paulo | Pagamento eletrônico e NFC |
CCR ViaSul | Rio Grande do Sul | Cabines automáticas (ATMs) |
CCR ViaCosteira | Santa Catarina | Cabines automáticas (ATMs) |
CCR ViaLagos | Rio de Janeiro | Free flow pioneiro |
Avanço tecnológico nas estradas
De acordo com a CCR, os sistemas de pagamento automático representam cerca de 85% das transações realizadas nos pedágios em 2024.
Esse número é um reflexo direto das iniciativas de modernização, incluindo a instalação de 61 cabines automáticas (ATMs) em rodovias federais.
Essas cabines estão distribuídas em estados como Rio Grande do Sul (CCR ViaSul), Santa Catarina (CCR ViaCosteira), Rio de Janeiro (CCR ViaLagos) e São Paulo (Anhanguera-Bandeirantes e Castelo Branco).
A CCR ViaLagos, no Rio de Janeiro, foi pioneira na implementação desse sistema em 2021.
Desde então, as cabines automáticas têm se mostrado uma solução eficaz para reduzir congestionamentos e melhorar o fluxo de veículos.
Desafios e oportunidades
Apesar dos avanços, a transição para métodos eletrônicos de pagamento enfrenta desafios.
A inclusão digital é um dos principais entraves, especialmente em regiões onde o acesso à tecnologia é limitado.
Para que essa transformação seja bem-sucedida, é essencial que campanhas de conscientização e educação sejam realizadas, garantindo que todos os motoristas tenham condições de se adaptar às novas exigências.
Ao mesmo tempo, os sistemas modernos oferecem benefícios significativos, como maior agilidade e segurança para os motoristas e passageiros.
A eliminação do dinheiro também reduz riscos de roubos e fraudes, tornando as estradas mais seguras.
Perspectivas para o futuro
A previsão é que, até 2026, a maioria dos motoristas brasileiros esteja adaptada aos métodos eletrônicos de pagamento.
Essa mudança reflete uma tendência global de digitalização e modernização, que está transformando a maneira como nos deslocamos pelas rodovias.
Com essas inovações, as estradas brasileiras prometem se tornar mais eficientes e seguras, mas também levantam questões importantes sobre inclusão e acessibilidade. Você está preparado para essa nova era de viagens?