O presidente da Petrobras compartilhou a visão de criar um ecossistema voltado para a energia eólica offshore na região
Nos próximos anos, o Rio Grande do Norte está se consolidando como uma das principais localidades para o estudo e desenvolvimento de tecnologias da Petrobras voltadas para a instalação de parques eólicos offshore no Brasil, de acordo com o ADVFN. Durante uma coletiva de imprensa, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, compartilhou a visão de criar um ecossistema voltado para a energia eólica offshore na região, gerando benefícios para todos os envolvidos, incluindo trabalhadores, estudantes e empresas interessadas no setor.
Petrobras e a estratégia de transição energética
A sede da Petrobras no Rio Grande do Norte, localizada na Cidade da Esperança em Natal, desempenhará um papel crucial na promoção da transição energética e sustentabilidade. A Diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, liderada por Mauricio Tolmasquim, terá parte de suas atividades concentradas na região. Tolmasquim destacou a importância estratégica das operações de energia eólica offshore para a Petrobras, afirmando que é fundamental olhar além do presente e aproveitar as oportunidades futuras.
Além da Petrobras, outros participantes da coletiva foram o presidente da Federação das Indústrias do RN, Amaro Sales, e o diretor do SENAI do Rio Grande do Norte e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello. O encontro ocorreu após um evento na Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), onde foi assinado um protocolo de intenções para desenvolver ações e estratégias relacionadas à transição energética, energias renováveis e descarbonização no Brasil.
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Perspectivas e benefícios da energia eólica offshore que será instalada pela Petrobras
Mauricio Tolmasquim esclareceu que não há uma competição direta entre a energia eólica offshore e a eólica onshore, pois os investidores e as condições de mercado são diferentes. Embora o preço da energia eólica offshore seja atualmente mais alto, a tendência é que esse custo diminua com o tempo, assim como ocorreu com outras fontes, como a energia solar e a eólica onshore.
Além disso, Tolmasquim ressaltou que o Brasil possui um conhecimento extenso no trabalho em ambientes marítimos, principalmente na indústria petrolífera, o que cria uma vantagem comparativa para a exploração da energia eólica offshore pela Petrobras.
Oportunidades que a Petrobras gera para a indústria nacional
Durante a coletiva, o presidente da FIERN, Amaro Sales, enfatizou as oportunidades que surgirão para a indústria nacional com a instalação de parques eólicos offshore pela Petrobras. Ele destacou duas vertentes de benefícios: a produção de materiais e a geração de empregos durante a construção e produção de componentes para os parques, e a disponibilidade de energia mais barata que poderá ser consumida pela indústria após o período de implantação.
O Rio Grande do Norte está se tornando um destino promissor para o desenvolvimento de parques eólicos offshore no Brasil. Com o apoio da Petrobras, a região está criando um ecossistema favorável para a energia eólica offshore, buscando impulsionar a transição energética e promover a sustentabilidade.
A tendência de queda nos preços da energia eólica offshore, juntamente com os benefícios para a indústria nacional, fortalecem esse movimento em direção a uma matriz energética mais limpa e sustentável. A cooperação entre os setores público e privado será fundamental para o sucesso desse empreendimento e para impulsionar a transição energética no país.