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Pesquisadores desenvolvem concreto nunca visto antes, capaz de fechar suas próprias rachaduras! Esse novo bioconcreto promete revolucionar a Construção Civil

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 26/11/2024 às 20:16
Bioconcreto é a inovação da construção civil capaz de regenerar rachaduras no concreto, prometendo durabilidade e economia a longo prazo.
Foto: Universidade de Tecnologia de Delft

Bioconcreto é a inovação da Construção Civil capaz de regenerar rachaduras no concreto, prometendo durabilidade e economia a longo prazo.

A construção civil acaba de receber uma grande inovação: o bioconcreto. Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, desenvolveram esse material inovador, capaz de regenerar suas próprias rachaduras. Essa tecnologia pode transformar a forma como lidamos com o concreto, especialmente no que se refere às rachaduras que surgem com o tempo. O bioconcreto surge como uma solução para aumentar a durabilidade do concreto e reduzir custos com manutenções na construção civil.

Como essa inovação funciona?

A chave para essa inovação no concreto está no uso de uma bactéria especial, chamada Bacillus pseudofirmus.

Encontrada em lagos congelados na Rússia, essa bactéria tem uma habilidade única: ela pode produzir calcário.

Quando essa bactéria é incorporada ao concreto, ela gera carbonato de cálcio, material capaz de selar as rachaduras que surgem naturalmente no concreto com o tempo.

Ao regenerar o concreto, o bioconcreto traz uma solução eficaz para a construção civil, evitando que rachaduras cresçam e prejudiquem as estruturas.

Henk Jonkers, coordenador do projeto, explicou que a Bacillus pseudofirmus foi difícil de ser encontrada, mas se mostrou ideal para o bioconcreto.

Essa bactéria é resistente e capaz de sobreviver em condições adversas por até 200 anos. Quando o bioconcreto entra em contato com água e oxigênio, a bactéria ativa o processo de regeneração do concreto, fechando as rachaduras e restaurando a estrutura.

A produção do novo concreto e o impacto na construção civil

O bioconcreto é produzido com dois aditivos principais: os esporos da bactéria Bacillus pseudofirmus e nutrientes de lactato de cálcio.

Esses componentes são misturados separadamente com grãos de argila expandida. Quando rachaduras começam a surgir no concreto, as bactérias se multiplicam e se alimentam do lactato, gerando carbonato de cálcio.

Esse processo fecha as rachaduras de forma natural, sem a necessidade de intervenção humana ou reparos convencionais.

O bioconcreto pode transformar a forma como o concreto é usado na construção civil.

Ao regenerar rachaduras, ele diminui os custos com manutenção e aumenta a durabilidade das construções.

Em apenas algumas semanas, as rachaduras começam a se fechar, representando uma grande economia para a construção civil.

Desafios e potenciais do bioconcreto na construção civil

Apesar das vantagens, a adoção do bioconcreto na construção civil ainda enfrenta alguns desafios.

O custo do bioconcreto é maior do que o do concreto tradicional. Enquanto o metro cúbico de concreto convencional custa cerca de R$ 260, o bioconcreto pode ultrapassar os R$ 360.

Porém, os benefícios a longo prazo são evidentes: a redução dos gastos com reparos e manutenções pode justificar esse investimento adicional.

O bioconcreto já está sendo testado em algumas construções, como no sul da Holanda. Nesses projetos, o material será monitorado ao longo de dois anos para verificar a eficácia de sua regeneração e sua durabilidade.

A construção civil precisa avaliar se os benefícios do bioconcreto superam o custo mais elevado e se o mercado está pronto para essa inovação.

Bioconcreto será o futuro da construção civil?

O bioconcreto é, sem dúvida, uma grande inovação para o setor da construção civil.

Sua capacidade de regenerar rachaduras e melhorar a durabilidade do concreto pode trazer uma revolução na forma como as construções são projetadas e mantidas.

Embora o custo do bioconcreto seja mais alto, os benefícios a longo prazo em termos de economia e sustentabilidade podem ser decisivos para sua adoção.

A construção civil está, finalmente, pronta para essa inovação?

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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