Governo do Peru decreta estado de emergência após vazamento de petróleo causado pela erupção vulcânica em Tonga, no Oceano Pacífico. A empresa responsável pelo produto tem até 10 dias para recolher todo o petróleo
O Peru está vivenciando um estado de emergência climática após decreto do presidente do país, Pedro Castillo. Brigadas estão lutando para conter um vazamento de petróleo que foi gerado por ondas após a erupção do vulcão em Tonga, que causou danos a cerca de 21 praias no centro do Peru. O vazamento de petróleo foi causado por ondas anômalas, no último sábado (15), ao longo da costa peruana, horas após a erupção de um vulcão submarino em Tonga, no Oceano Pacífico.
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Entenda como ocorreu o vazamento de petróleo que gerou estado de emergência no Peru
A erupção do vulcão ocorreu enquanto um navio-tanque descarregava petróleo por meio de oleodutos para a refinaria La Pampilla de Ventanilla, da empresa espanhola Repsol.
O Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental (Oefa) afirmou, em comunicado, que a área afetada pelo vazamento de petróleo, de acordo com as vistas aéreas obtidas por drones, aumentou para 1,2 milhão de metros quadrados no mar e 1,7 milhão de metros quadrados de solo.
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O Governo do Peru, que decretou estado de emergência, descreveu o vazamento como o pior desastre ecológico em Lima nos últimos tempos, por ter posto em perigo a fauna e a flora em duas áreas naturais, e exigiu que a empresa responsável compensasse imediatamente os danos.
Repsol se pronuncia sobre vazamento de petróleo
A Repsol afirmou em um comunicado que uma equipe de mergulhadores designada por ela está explorando os danos subaquáticos do vazamento, e que implantou mais de 2,5 mil metros de barreiras de contenção, além de 10 navios com brigadas de 50 pessoas que estão recuperando o produto que foi despejado no mar.
Outrossim, a empresa afirma lamentar não ter comunicado de forma adequada todos os seus compromissos assumidos e ações realizadas para enfrentar o impacto que gerou estado de emergência no Peru.
A promotoria do Peru deu início a uma investigação do vazamento, que cobriu as águas e praias de três distritos do norte da cidade de Lima, e o governo deu um prazo de até 10 dias para que todo o petróleo seja coletado. O Ministro do Meio Ambiente, Rubén Ramírez, se reuniu na noite da última terça com representantes da Repsol em Lima e afirmou que, de acordo com a empresa, foram derramados seis mil barris de petróleo.
Anteriormente: Navio naufraga com diversos produtos químicos no Sri Lanka
Falando em acidentes ambientais trágicos, é impossível não lembrar do Navio MV X-Press Pearl, que foi destruído no ano passado por um incêndio que durou cerca de duas semanas e espalhou diversos produtos químicos, provocando um dos maiores desastres ecológicos do Sri Lanka.
O navio estava na costa oeste do país, aguardando para entrar no porto, quando o incêndio se iniciou no dia 20 de maio. De lá para cá, as autoridades estavam lutando contra o incêndio que se espalhou por 1.486 contêineres, que estavam cheios de cosméticos e produtos químicos.