O CEO da Uber faz uma previsão assustadora: motoristas de aplicativo estão com os dias contados! Pesquisas comprovam a tendência, e o futuro do transporte está mais próximo do que imaginamos.
O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi afirmou que a profissão de motorista da empresa pode ser extinta em até 20 anos, substituída por veículos autônomos que prometem maior segurança e eficiência.
Atualmente, o mercado de transporte por aplicativo emprega milhões de motoristas em todo o mundo.
Nos Estados Unidos, são mais de sete milhões de pessoas que dependem dessa atividade para seu sustento.
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No Brasil, a realidade é semelhante: segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 1,5 milhão de brasileiros trabalham como motoristas de aplicativo.
No entanto, essa realidade pode estar com os dias contados, conforme avançam os investimentos em tecnologia autônoma.
Inteligência artificial no comando: motoristas serão dispensáveis?
Em entrevista ao Wall Street Journal, Khosrowshahi afirmou que “daqui a 15 ou 20 anos, os carros autônomos serão melhores que qualquer motorista humano”.
Ele argumenta que esses veículos serão treinados com dados de milhões de motoristas, acumulando experiência que um humano levaria várias vidas para obter.
“As máquinas não se distraem, não ficam cansadas e são mais precisas”, destacou o executivo.
Essa previsão reflete uma tendência já em curso, com testes avançados de carros autônomos em cidades como São Francisco e Las Vegas.
Estudos apontam vantagens e desafios
Pesquisadores da Universidade da Califórnia analisaram 2.100 acidentes envolvendo veículos autônomos e 35.000 envolvendo motoristas humanos.
Os dados sugerem que os carros sem condutores humanos adotam melhores precauções de segurança na maioria dos casos.
Contudo, eles apresentam maior propensão a acidentes noturnos ou em situações de pouca visibilidade.
Khosrowshahi reconhece que a transição será gradual, mas inevitável.
O primeiro passo já está acontecendo, com a implementação de frotas autônomas em algumas regiões.
Em Las Vegas, por exemplo, já existem carros sem motoristas humanos operando em rotas específicas, como entre o aeroporto e o centro da cidade.
No Brasil, ainda não há previsão de testes massivos de veículos autônomos, mas empresas do setor acompanham de perto o desenvolvimento dessa tecnologia.
A legislação brasileira precisará evoluir para permitir a circulação desses veículos nas cidades, especialmente em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, onde o transporte por aplicativo é uma alternativa essencial.
A Uber já se prepara para essa revolução
A empresa tem investido pesado na tecnologia de direção autônoma, estabelecendo parcerias com gigantes do setor.
A Waymo, subsidiária da Alphabet (dona do Google), já disponibiliza seus carros para passageiros da Uber em São Francisco.
Outras montadoras, como Tesla e General Motors, também estão na corrida para dominar esse mercado.
A estratégia inicial é combinar motoristas humanos e carros autônomos em uma rede híbrida.
Nos próximos 10 anos, parte das viagens será feita por robôs, enquanto os humanos ficarão com as rotas mais complexas.
Mas, segundo Khosrowshahi, a tendência é que os veículos autônomos ganhem espaço de forma irreversível.
O impacto no emprego e na economia
A substituição de motoristas por robôs pode ter consequências sociais profundas.
Hoje, o trabalho como motorista de aplicativo é uma das principais opções para quem busca renda extra ou uma atividade principal com flexibilidade.
Com a automação, milhões de pessoas podem perder essa fonte de sustento.
Os especialistas defendem que novas oportunidades deverão surgir com o avanço da tecnologia, mas a transição pode ser dolorosa para muitos profissionais.
Governos e empresas precisarão pensar em soluções para requalificar trabalhadores e minimizar o impacto dessa mudança.
No Brasil, onde o desemprego ainda é um desafio econômico, essa questão se torna ainda mais sensível.
Para especialistas, a Uber está apostando no futuro dos carros autônomos, e a previsão de Khosrowshahi indica que os motoristas humanos podem estar com os dias contados.
No entanto, desafios técnicos, regulatórios e sociais ainda precisam ser superados antes que a tecnologia domine completamente o mercado.
Enquanto isso, a profissão de motorista de aplicativo segue relevante, mas o futuro aponta para um caminho cada vez mais digital e automatizado.