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Mercado de energia eólica atinge 22 GW no Brasil e já utiliza mais de 9 mil aerogeradores

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 17/08/2022 às 09:48
Mercado de energia eólica atinge 22 GW e já utiliza mais de 9 mil aerogeradores
Torres eólicas – imagem: The Verge/Reprodução
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Um relatório do Global Wind Energy Council mostra que o Brasil passou para a sexta posição em ranking internacional de energia eólica produzida em terra. Saiba mais sobre o assunto.

Em julho de 2022, a energia eólica no Brasil atingiu a marca de 22 gigawatts (GW) de capacidade instalada, suficiente para abastecer 28,8 milhões de residências por mês. Isso equivale a 20 cidades como São Paulo. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o setor representa 12% da matriz elétrica do país, com 812 parques eólicos, distribuídos em 12 estados, e 9.294 aerogeradores em operação. Só no mês de junho, o Brasil obteve um aumento de 165,6 megawatts (MW) na matriz elétrica, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Do total, mais da metade (87,6 MW) é proveniente de parques eólicos.

Energia eólica e desenvolvimento  

Brasil é o sexto maior produtor de energia eólica em terra

Os dados mais recentes da ABEEólica mostram que, de 2011 a 2022, a construção de parques eólicos gerou quase 196 mil empregos, uma média de 10,7 empregos por MW instalado. Além disso, cada R$ 1,00 investido em parques eólicos aumentou o PIB em cerca de R$ 2,90.  

A diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg, destaca o avanço: “A expansão dos parques eólicos traz, além de geração de emprego e renda, inovação tecnológica, desenvolvimento de novos modelos de negócios, além de outras facilidades que devem melhorar a competitividade da indústria brasileira.”  

Segundo a ABEEólica, desde a instalação dos parques eólicos, o PIB real dos municípios cresceu 21,15% e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) aumentou 20%.

Investimento e expansão da energia eólica  

A ABEEólica estima que a capacidade instalada de energia eólica poderá chegar a 37,09 GW em 2026. Para Sandro Yamamoto, o setor pode ultrapassar a taxa de 12% da matriz elétrica brasileira.  

“Hoje temos 800 plantas instaladas, mais 400 para instalar nos próximos 4 anos, além de novas tecnologias. A energia eólica com sistema de armazenamento pode fornecer energia 24 horas por dia. Só precisamos avançar para uma maior competitividade em termos de armazenamento. Então, há muito espaço para a energia eólica crescer na matriz elétrica brasileira.”  

Atualmente, o Brasil ocupa a 6ª posição no ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica. Em 2012, o país ficou em 15º lugar. Segundo Sandro Yamamoto, os investimentos no Brasil aumentaram nos últimos anos.  

“Em 2021, foram investidos cerca de US$ 5 bilhões em energia eólica no Brasil, o que representou 44% de todos os investimentos em energia renovável no país, o que fez o Brasil, no ano passado, ultrapassar a França. E fomos o 3º país que mais instalou parques eólicos no ano passado. Estamos à frente de muitos países em termos de geração de eletricidade renovável, mas os investimentos devem continuar.”

Sandro Yamamoto destaca os dois principais motivos para o aumento da geração eólica no Brasil

O diretor técnico da associação, Sandro Yamamoto, destaca os dois principais motivos para o aumento da geração eólica no Brasil: a qualidade da eólica brasileira e os preços competitivos.  

“O Brasil é abençoado pela qualidade dos ventos, principalmente na região Nordeste. São ventos muito intensos, que não mudam de direção, e que nos fazem ter os melhores ventos do mundo. Assim, as usinas instaladas no Brasil geram muito mais energia do que as instaladas em outros países. Isso significa que o preço da energia vendida pelos parques eólicos também é competitivo”.

Segundo Mônica Messenberg, o Brasil já alcançou a desejada transição energética mundial, pois 85% da matriz elétrica brasileira é composta por energias renováveis, enquanto a média mundial é de apenas 30%.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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