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Lei entra em vigor no Brasil e decreta o fim de 10 motos populares, impactando o mercado e os consumidores de todo o país, confira os modelos

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 20/12/2024 às 10:45
Nova lei entra em vigor no Brasil e decreta o fim de 10 motos populares, impactando o mercado e os consumidores de todo o país, confira os modelos
Foto: gerada por IA

Com mudanças na legislação, muitas motos populares estão sendo retiradas do mercado, alterando a forma como os brasileiros acessam uma mobilidade rápida e econômica. Confira os detalhes da nova lei!

As motos sempre foram um símbolo de liberdade e praticidade no Brasil. Desde que as primeiras motocicletas da Monark chegaram no país na década de 50, o mercado só cresceu, conquistando o coração de milhares de brasileiros que buscavam por uma forma rápida e econômica de se locomover. Mas em 2023, uma nova lei mudou o cenário das motos populares, decretando o fim de muitos modelos que eram a escolha de quem buscava economia sobre duas rodas. Quer saber tudo sobre o fim das motos populares? Continue lendo que te daremos todos os detalhes.

O que mudou com a nova lei?

A mudança veio com a implementação da Fase M5 do Programa de Controle da Poluição por Motociclos e Veículos Similares (Promot). O nome pode parecer complicado, mas o efeito dessa nova lei é bem claro: a partir de 2023, motocicletas equipadas com carburador foram proibidas de serem fabricadas no Brasil. A meta? Reduzir a emissão de poluentes e tornar o mercado de motos mais sustentável, favorecendo modelos com injeção eletrônica, que são menos agressivos ao meio ambiente.

Essa mudança não foi inesperada. A lei foi aprovada em 2019, dando tempo para as montadoras se adaptarem. Muitas marcas grandes, como Honda, Yamaha e Suzuki, já tinham atualizado seus modelos para seguir as novas normas. No entanto, algumas motos populares, especialmente aquelas mais baratas e equipadas com carburadores, não conseguiram acompanhar essa evolução e saíram de linha.

Por que o fim das motos populares?

A nova lei trouxe um impacto considerável para o mercado de motos populares, que sempre foram as queridinhas dos consumidores que buscavam um transporte acessível. Marcas como Haojue e Shineray, que ofereciam modelos baratos e simples, foram duramente afetadas. Isso porque muitos de seus modelos ainda utilizavam carburador, uma tecnologia que foi totalmente banida pela Fase M5 do Promot.

As motos populares eram conhecidas pelo custo baixo de manutenção e acessibilidade, mas a adoção de sistemas de injeção eletrônica, exigido pela nova lei, encarece o custo de produção. Com isso, algumas marcas não conseguiram se adaptar a tempo e optaram por retirar esses modelos do mercado. É o caso de modelos como Avelloz AZ1, Haojue Chopper Road 150, e diversas motos da Shineray, como a Phoenix 50 e a Worker 125, que já não podem mais ser encontradas nas concessionárias.

O que é o Promot M5?

Para entender melhor o porquê dessas mudanças, é importante saber o que é o Promot M5. O Programa de Controle da Poluição por Motociclos e Veículos Similares foi criado para diminuir o impacto ambiental gerado pelos veículos. Desde sua criação, o Promot passou por diversas fases, cada uma mais rigorosa que a anterior, impondo limites de emissões de poluentes cada vez menores.

A Fase M5 é a mais recente e foi responsável por estabelecer padrões ambientais ainda mais rígidos para as motocicletas. O grande foco dessa nova etapa foi a eliminação dos carburadores, já que eles contribuem para o aumento de poluentes no ar. A injeção eletrônica, que é mais eficiente e menos poluente, virou um padrão obrigatório a partir de 2023.

A ideia por trás dessa nova regulamentação é fazer com que o mercado de motos no Brasil seja mais alinhado às metas de redução de emissões globais, ajudando o país a atingir compromissos ambientais. No entanto, a nova lei também trouxe um desafio para marcas e consumidores que ainda preferiam as motos com carburador por seu preço mais acessível.

O impacto nas montadoras

Nem todas as fabricantes de motos sentiram o impacto da nova lei da mesma forma. Marcas maiores como Honda, Yamaha, Kawasaki, BMW e Harley-Davidson já estavam preparadas para essa mudança e vinham, há anos, substituindo os carburadores por sistemas de injeção eletrônica em seus modelos. Para essas montadoras, a Fase M5 não trouxe grandes mudanças e elas continuaram com seus lineups praticamente inalterados.

Já para marcas menores, ou aquelas que ofereciam motos populares com preços baixos, a história foi bem diferente. Marcas como Haojue e Shineray sofreram bastante com as exigências da nova lei do fim das motos populares. Modelos que ainda dependiam do carburador, como a Haojue DK 150 e a Shineray Jet 125, não conseguiram ser atualizados a tempo, o que resultou na retirada desses veículos do mercado.

Esse cenário trouxe um desafio para os consumidores, que viram uma queda na oferta de motos de baixo custo. Afinal, os modelos com injeção eletrônica são mais caros, tanto para fabricar quanto para manter. Isso significa que, para muitos, o sonho de ter uma moto popular pode ter ficado um pouco mais distante.

Mercado brasileiro de motos se adapta a nova realidade

Apesar do impacto imediato causado pela nova lei, o mercado brasileiro de motos está se adaptando. A tendência é que a transição para a injeção eletrônica e outras tecnologias mais limpas continue, garantindo que as motocicletas sigam as normas ambientais sem perder o desempenho que tanto agrada os motociclistas.

O fim das motos populares equipadas com carburadores marca o início de uma nova fase, onde a sustentabilidade e a eficiência serão os pilares do mercado. As motos mais acessíveis ainda devem existir, mas com tecnologias mais avançadas e, consequentemente, preços um pouco mais elevados.

As montadoras estão correndo contra o tempo para atualizar seus portfólios e oferecer modelos que estejam dentro das novas exigências, sem deixar de lado os consumidores que buscam por motos populares. Nos próximos anos, é provável que vejamos novas opções mais sustentáveis e econômicas surgirem no mercado.

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Andre
Andre
22/12/2024 05:09

A reportagem não mostra a tragédia diária nas cidades brasileiras, de acidentes motos. Neste ano na cidade de Contagem Minas gerais houve,2 mil acidentes só de moto destruindo várias famílias.

Marcos
Marcos
Em resposta a  Andre
22/12/2024 06:53

Meu brother, se for para fazer uma crítica, que seja válida! A publicação tem outro foco, simples assim. Não é correto tratar de assuntos diferentes numa mesma notícia.

Jfvix
Jfvix
Em resposta a  Marcos
22/12/2024 21:28

A maioria das vezes os que reclamam são os que mais utilizam os serviços de motoboy (fastfood).
Ipoctisia

Allan
Allan
Em resposta a  Marcos
27/12/2024 12:23

Vc que está fugindo do foco! Subliminarmente o comentário do colega se refere não à poluição e sim ao lobby das grandes marcas. O governo se preocupa essencialmente com a arrecadação e favorecimento das grandes, e deixa de lado assuntos importantes para as pessoas como segurança por exemplo….

Gustavo
Gustavo
Em resposta a  Andre
23/12/2024 17:22

Qualquer veículo quasa acidente carro,ônibus etc não e só moto não oh problema de vcs e tudo moto e esqueci os outros veículos tá igual minha mãe.

Ricardo Martins
Ricardo Martins
Em resposta a  Andre
26/12/2024 14:07

Moto não destrói família, moto não mata ninguém. Quem destroe família e mata pessoas são as próprias pessoas, que pilotam de forma inadequada, perigosa, suicida mesmo. Portanto, não culpe as motos e sim as pessoas.

Francielle
Francielle
Em resposta a  Andre
27/12/2024 22:49

Essa mesmo que vc diz matar sustenta mais de 80% da população brasileira, quem mata não é a moto é quem pilota mal, e a maioria dos acidentes de motocicleta envolve carros, se for assim tem que eliminar os carros tbm … antes de criticar algo procure saber a importância dele na população

Renato
Renato
22/12/2024 09:02

Na reportagem, muito simples,poderia dizer a partir de que ano de fabricação as motos ficariam irregulares e se no mercado já existe um kit de injeção eletrônica para as motos antigas.

Emerson Esteter
Emerson Esteter
Em resposta a  Renato
22/12/2024 23:02

Se ler e conseguir entender corretamente o texto vai ver que se trata da FABRICAÇÃO de motos novas e portanto é a partir de 2024 / 2025, não sendo necessário e nem obrigatório fazer alteração alguma nas motos já existentes e em circulação.

Marcelo Pinho
Marcelo Pinho
Em resposta a  Emerson Esteter
29/12/2024 01:40

Prezado Emerson. Existe 1 preceito jurídico que diz que a lei não pode regredir para causar danos e prejuízos.

sena
sena
Em resposta a  Renato
25/12/2024 16:02

É só para veículos novos 0km que serão comercializados

Arthur
Arthur
Em resposta a  sena
27/12/2024 00:09

países socialistas atrasados, ainda fabricam a tornado.

Hugo
Hugo
Em resposta a  Renato
28/12/2024 15:39

Apartir de 2025 motos zero quilômetros deverão ter injecão e não as usadas. Portanto em 5 anos 2030 os fabricantes de veículos não serão obrigados a fabricar peças de reposição para esses veículos. Logo depois de 2030 essas motos serão uma bomba na mão dos proprietarios. Como aconteceu com os motores 2T. Pois o custo de transformar uma moto carburado em injetada não compensa, não é só trocar o carburador.

Roger777
Roger777
Em resposta a  Hugo
29/12/2024 21:31

Mete fogo nessas ****….pobre tem que andar a pé….

André
André
Em resposta a  Renato
29/12/2024 18:58

Apenas as novas. .as antigas podem seguir normalmente com carborador…a lei apenas pega as motos zero

Débora Araújo

Escrevo sobre energias renováveis, automóveis, ciência e tecnologia, indústria e as principais tendências do mercado de trabalho. Com um olhar atento às evoluções globais e atualizações diárias, dedico-me a compartilhar sempre informações relevantes.

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