Descubra a bateria de lítio revolucionária da China, 10.000 vezes mais potente e capaz de funcionar até -80ºC, perfeita para invernos extremos.
A China ‘dá um golpe sobre a mesa’ com esta bateria que é 10.000 vezes mais potente e resiste ao frio extremo. De acordo com o South China Morning Post, cientistas chineses desenvolveram um novo eletrólito que permite que as baterias de íons de lítio carreguem e operem em temperaturas extremamente baixas, chegando a -80ºC (menos 112 graus Fahrenheit).
Este desenvolvimento representa uma solução crucial para os desafios associados à operação e ao carregamento de baterias em veículos elétricos e aeronaves sob condições climáticas extremas.
O problema das baterias:
As baterias de íons de lítio tornaram-se a principal fonte de armazenamento de energia em dispositivos eletrônicos e veículos elétricos. No entanto, seu desempenho é significativamente prejudicado em temperaturas frias, o que reduz sua capacidade de retenção de carga e prolonga o tempo de recarga.
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Isso ocorre porque o eletrólito líquido pode congelar em baixas temperaturas, interrompendo o fluxo de íons entre o cátodo e o ânodo. A perda de potência em climas frios tem sido um problema persistente para fabricantes de automóveis elétricos e outras aplicações ao ar livre.
Estima-se que a capacidade das baterias de íons de lítio seja reduzida em cerca de 50% a -20°C, em comparação com sua capacidade em temperaturas de 20-30°C. Isso limita severamente seu uso em regiões frias e apresenta desafios para manter o desempenho ideal.
A bateria da China que chega para mudar tudo: 10.000 vezes mais potente
A equipe internacional liderada por Fan Xiulin, professor da Universidade de Zhejiang, alcançou um marco na tecnologia de baterias ao desenvolver um eletrólito que permite o carregamento e operação de baterias de íons de lítio em temperaturas tão baixas quanto -80 graus Celsius. Segundo os cientistas, esta incrível bateria é 10.000 vezes mais potente do que as convencionais.
Os pesquisadores descobriram um mecanismo de transporte de íons anteriormente desconhecido nas baterias, o que poderia lançar as bases para o desenvolvimento de baterias de alta energia que operam em condições extremas. Segundo a pesquisa, o novo eletrólito facilita o carregamento ultra rápido em ambientes frios, permitindo que as baterias operem com grande capacidade e estabilidade em temperaturas de até -80 graus Celsius. ‘Essa poderosa bateria pode ser carregada a 80% de sua capacidade em apenas 10 minutos em temperaturas extremamente baixas’, afirma Xiulin.
Conforme reportado pelo South China Morning Post, essas baterias podem ser úteis em uma variedade de campos, incluindo telecomunicações, trens, exploração ártica, aviação e veículos elétricos. Esta conquista não só melhora a viabilidade das baterias em climas frios extremos como também abre a porta para a criação de baterias de alta energia capazes de funcionar em condições adversas.
A estranha composição desta superbateria: nunca teríamos imaginado
A superbateria desenvolvida utiliza uma composição inovadora com ânodo de lítio metálico e um eletrólito de baixa temperatura à base de éter, permitindo suportar temperaturas de até -80°C com pouca perda de desempenho.
A alta densidade energética da bateria é impulsionada pelo eletrólito, que possui uma condutividade iônica 10.000 vezes superior a -70 graus Celsius em comparação com eletrólitos padrão usados em baterias convencionais.
O cátodo, feito de óxido de vanádio e lítio, é um material catódico avançado que também contribui significativamente para essa densidade energética. A adição de éter com sais de lítio ao eletrólito é crucial, pois é especialmente adaptado para funcionar em temperaturas extremamente baixas.
Embora este avanço seja promissor, a equipe nota que a pesquisa ainda apresenta limitações e que mais estudos serão necessários para garantir que o eletrólito possa funcionar adequadamente dentro de um design tradicional. Talvez esta nova bateria da China acabe sendo a revolução que estamos procurando há anos para transformar nosso transporte, ou pode se revelar uma nova decepção para a indústria.