A nova usina da Urca Energia de produção de CO2 verde, no Rio de Janeiro, entrará em operação em menos de 2 anos
O Grupo Urca Energia anunciou, na última segunda-feira (7), que dará início à construção de uma usina de produção de gás carbônico verde, que ficará no Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, Rio de Janeiro. A planta – que é a primeira dessa modalidade no Brasil – fará todo o aproveitamento de biometano que é gerado a partir dos resíduos orgânicos de aterro sanitário. O projeto faz parte do portfólio da Gás Verde.
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Com as obras já iniciadas, usina de produção de gás carbônico verde começará a operar em menos de dois anos
A empresa, que foi recentemente adquirida pelo Grupo Urca Energia, já possui uma usina de biometano em Seropédica e outras duas plantas de geração de energia elétrica por meio de biogás, uma em Nova Iguaçu e outra em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, que até 2023 serão transformadas em usinas de biometano.
O alto investimento para a construção e aquisição de todos os equipamentos para a nova planta de CO2 verde está em torno de R$ 45 milhões, porém o valor total de investimento na Gás Verde é de R$ 1,2 bilhão. Com obras a todo vapor, o Grupo Urca Energia espera que a usina de CO2 verde já comece a operar em 18 meses.
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Cerca de 100 toneladas de gás carbônico verde serão gerados diariamente na planta, representando aproximadamente 10% do consumo médio diário registrado no Brasil, que é de 1.100 toneladas. Esse produto é comumente usado na agroindústria de Bebidas e Alimentos, durante os processos de gaseificação de líquidos – como refrigerantes e cervejas – e também no congelamento de alimentos. No setor de Metalurgia, o CO2 é usado no tratamento térmico de soldas. Já no setor de Saneamento, é usado especificamente para tratamento de efluentes.
Grupo Urca Energia tem buscado investimentos que contribuam não somente com os negócios, mas principalmente com o meio ambiente
Segundo o diretor-executivo do Grupo Urca Energia, Marcel Jorand, ao investir no aproveitamento parcial ou total do gás carbônico, não quer somente permanecer na linha de propósito de negociações financeiras da empresa, mas também realizar investimentos que possam ter efeito positivo no meio ambiente.
Ao longo do processo de tratamento do biogás para biometano, uma corrente de gases, composta por 42% de gás carbônico, é instantaneamente gerada, corrente essa que será enviada por meio de dutos da usina de biometano até a usina de CO2 verde, onde ocorrerá o tratamento para elevar sua concentração do gás carbônico a 99%. No fim, o gás passará por um processo de liquefação, para que seja estocado, e assim possa ser vendido às distribuidoras.
Contratos em vista
A Gás Verde já firmou contrato com a agroindústria cervejeira Ambev, em janeiro deste ano, para fornecimento de biometano. O biometano gerado dentro do Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, no Rio de Janeiro, é usado na Ambev.
Ele é transportado do centro de tratamento até a cervejaria e é injetado no queimadores de alta eficiência que ficam na caldeira, gerando o vapor necessário para ser utilizado nos processos de produção, sendo uma fonte de energia calorífica muito mais sustentável, reduzindo também as emissões de carbono. O objetivo é chegar à emissão zero até 2040. A Gás Verde tem a pretensão de fornecer cerca de 5,5 milhões de metros cúbicos de biometano/ano.