O Conselho de Ética do banco central da Noruega, Norges Bank, revogou a “observação” da Petrobras, o fundo acredita que o risco de corrupção na empresa está reduzido.
O Conselho de Ética que gere o fundo soberano norueguês de 1 bilião de dólares, retirou a Petrobras de uma lista de empresas que poderiam ser descartadas para receber investimentos devido ao risco de corrupção. Bolsonaro inaugura ultracentrífugas na FNC e governo afirma que o edital da usina nuclear Angra 3 sai em 2020
O Fundo Soberano da Noruega, o maior do mundo e sustentado com petrodólares, toma decisões sobre a observação e exclusão de empresas da carteira do Fundo. A Petrobras esteve sob observação do banco desde 2016 devido ao risco de corrupção grave.
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O Conselho de Ética havia recomendado, em 2015, que a Petrobras fosse colocada sob observação após revelações de que executivos seniores da empresa e seus fornecedores mais importantes operavam há uma década um sistema em que o pagamento de propinas era um pré-requisito para ganhar contratos com a Petrobras.
O Norges Bank disse nesta terça-feira, 3 de dezembro, que o Conselho de Ética acredita que “o risco de corrupção está agora reduzido”.
O banco baseia sua avaliação no acordo legal com as autoridades norte-americanas, que confirma que a Petrobras implementou medidas abrangentes de melhoria desde o início da investigação, em 2014.
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“Com base nessas informações, o Conselho de Ética recomendou que o banco revogue a observação”, disse o Banco.
“O Conselho também gostaria de ressaltar que o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal do Brasil definiram oficialmente a Petrobras como vítima na investigação da Lava Jato, e que a empresa está, portanto, auxiliando as autoridades promotoras em muitos processos criminais em andamento”, disse o Conselho de Ética.
Em 2018, o fundo soberano detinha 0,83% da Petrobras, com o percentual avaliado na época em torno de US$ 5,7 bilhões.
Para lembrar, em outra história relacionada ao suborno no Brasil, a construtora sul-coreana Samsung Heavy Industries na semana passada concordou em pagar uma multa de US$ 75 milhões como parte de um acordo alcançado com o Departamento de Justiça dos EUA sobre a investigação de suborno relacionada a uma construção de um navio-sonda de 2007 envolvendo a Petrobras e a empresa de perfuração Pride.