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Europa diversifica e decide investir em hidrogênio rosa, produzido por eletrólise utilizando energia de usinas nucleares

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 15/02/2023 às 11:57
Europa diversifica e decide investir em hidrogênio rosa, produzido por eletrólise utilizando energia de usinas nucleares
Foto: Insideevs/UOL

Países da Europa realizaram um novo pedido para que o hidrogênio rosa, gerado através da energia nuclear, seja considerado uma fonte de energia renovável.

Diversos países da União Europeia tem solicitado há anos que o hidrogênio rosa, produzido por eletrólise utilizando energia de usinas nucleares, seja igualado ao hidrogênio verde, isto é, o hidrogênio mais procurado atualmente, visto que é produzido por meio de fontes renováveis. Entre os países que exigem essa igualdade estão França, Bulgária, Romênia, Polônia, Eslovênia, Eslováquia, Croácia, Hungria e República Tcheca.

Hidrogênio rosa deve ser incluído nas fontes de energia limpa

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Todos os países citados acima fazem da energia gerada em usinas nucleares uma de suas fontes primárias de energia. Nos últimos dias, eles reiteraram formalmente seu pedido em uma carta oficial assinada e enviada à União Europeia. Este pedido chegou aos escritórios da Comissão Europeia em uma carta assinada pelos vários ministros do meio ambiente, na qual, em 5 atos, eles analisam as vantagens que a inclusão do hidrogênio rosa traria às fontes de energia limpa a nível da UE.

O primeiro ato explica como este tipo de hidrogênio poderia ser, futuramente, um elemento essencial tanto no foco da descarbonização das principais cadeias industriais, quanto como transportador de energia para alimentar soluções de transporte, especialmente no setor de comércio.

Programa de descarbonização

Segundo os nove países que utilizam energia nuclear, atrasos na difusão deste novo combustível de baixa emissão comprometeria o programa de descarbonização de toda a Europa ou sua expansão econômica, um tema tratado em profundidade no segundo ato. O terceiro ato discute então como a possível limitação do uso da energia nuclear para gerar hidrogênio rosa poderia prejudicar a competitividade europeia neste novo elemento.

A posição estratégica dos EUA em relação a este assunto também deve ser considerada, e este é um tema tratado no quarto ato. O quinto e último ato discute a cooperação entre os estados e membros. Segundo as nove nações, a infraestrutura transeuropeia para o transporte de hidrogênio a longa distância será cada vez mais demandada para que o mercado da Europa se torne competitivo e eficiente novamente.

Entenda o motivo do pedido

Para a analisar corretamente as razões deste pedido é necessário, primeiro, perguntar o porquê destes nove países poderem redigir a carta para a Comissão Europeia. A resposta pode ser encontrada no artigo 194 (2) do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que consagra o direito dos Estados-membros de determinar as condições de exploração de seus recursos energéticos, fazendo assim uma escolha entre várias fontes de energia e decidindo sobre a estrutura de seu fornecimento de energia.

Mas isso não é tudo, outra resposta pode ser vista na Diretiva 2002/21/CE de 7 março de 2002, que define a obrigação dos Estados Membros de não impor ou discriminar o uso de um determinado tipo de tecnologia em qualquer campo.

A força motriz por trás do pedido é a França, visto que o país liderado por Macron já está em uma posição vantajosa, sendo um dos poucos no continente a ter mantido várias usinas em operação em seu território durante a última década.

Outras vantagens do hidrogênio rosa gerado por usinas nucleares

Outras vantagens incluem a possibilidade de produzi-lo em abundância, de forma que possa ser transferido e assim comercializado para o exterior por meio do projeto H2Med, que até 2030 deve levar à construção de um grande gasoduto na Europa para a transferência de hidrogênio da Espanha e da França para a Alemanha e outros países. 

Mas isso não é tudo, já que uma grande quantidade do primeiro elemento na tabela periódica também poderia ser explorada dentro da própria ação para alimentar o transporte comercial, um setor no qual o hidrogênio poderia desempenhar um papel essencial nos próximos anos.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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