A empresa A Geradora, líder brasileira no setor de locação de geradores de energia, torres de iluminação e compressores de ar, está com expectativas positivas para 2022. Com o retorno dos eventos presenciais e a elevação da demanda por energia temporária, o aumento no faturamento é mais do que esperado. Para atender à demanda prevista, a empresa pretende focar na renovação e ampliação do parque de equipamentos, investindo cerca de R$ 50 milhões na compra de 500 novas máquinas.
No ano passado, a A Geradora faturou R$ 212 milhões, cerca de 25% a mais que o registrado em 2020. Segundo o diretor-presidente da empresa, Enilson Moreira, o bom faturamento foi causado, principalmente, pela prestação de serviços de energia temporária com geradores e compressores de ar para atender às indústrias; parte significativa era dos setores de petroquímica, manutenção e celulose.
“A empresas brasileiras praticamente só fizeram paradas de manutenção essenciais em 2020 e adiaram muitas para o ano passado; a A Geradora tem muita expertise em fornecer esse tipo de serviço e foi beneficiada pelo aumento da demanda, que estava reprimida.” O crescimento de negócios nesse segmento foi de 30% se comparado aos anos anteriores.
Já em 2020, ano o qual A Geradora conseguiu um faturamento 30% acima do registrado em 2019, foi marcante devido à grande necessidade dos hospitais de campanha, tanto na etapa de construir ou adaptar as estruturas, quanto de manutenção, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pará, Goiás e Sergipe. “Esse foi um novo segmento que surgiu e demandou muita energia”, diz Enilson Moreira.
Embora a pandemia tenha ocasionado uma crise, a demanda por energia não diminuiu: indústria, comércio, serviço e infraestrutura mantiveram o consumo. Enilson reafirma que a companhia não diminuiu o ritmo e, com isso, conseguiu suprir as necessidades do mercado. “Em 2020, tivemos resultados melhores do que em 2019”, complementa.
De acordo com Candido Terceiro, diretor-comercial e de Marketing da A Geradora, em 2022 o marco do saneamento deve “colocar muitos projetos para rodar”. O governo espera que o marco legal permita uma aplicação de recursos no segmento e contribua para universalizar o fornecimento de água e a coleta e o tratamento de esgoto no Brasil até 2033. A estimativa é que os investimentos privados sejam de R$ 600 bilhões a R$ 700 bilhões no saneamento.
Para esse setor, A Geradora fornece equipamentos de energia elétrica e pneumática, entre eles geradores e compressores de ar. “Também estamos otimistas com a recuperação do PIB e os investimentos em infraestrutura no país. A possibilidade do fim da pandemia, o marco do saneamento e a retomada da normalidade macroeconômica também representam boas perspectivas para 2022”, declara.
Outra conjuntura que pode elevar a demanda por geradores é a crise energética, que deve voltar à pauta em 2022. Segundo especialistas do setor e consultorias do setor de energia, a maior crise hídrica dos últimos 91 anos deve cair sobre o capital do consumidor e no caixa das empresas ao menos até 2025. “A cada ano, o período de secas tem sido mais severo e há, sim, risco de apagões em horário de pico. Por isso, a demanda por geradores já começou a aumentar e a perspectiva é que em 2022 cresça ainda mais”, explica o diretor.