Eletrobras vai demitir
Baseando-se no modelo de desligamentos da Petrobras que lançou no mês passado seu terceiro programa do ano, a Eletrobras acaba de lançar nesta sexta (11/10) seu novo plano de demissão Consensual (PDC). A intenção da estatal é desligar até 1.681 funcionários até o fim do ano.
O plano foi acordado com o sindicato e faz parte do acordo coletivo assinado ontem no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Este é o segundo PDC do ano, visto que em janeiro, a Eletrobras anunciou um plano de demissão com meta de desligamento de 2.187 funcionários.
A estimativa é de um corte de custos de R$ 548 milhões e economia de 510 milhões ao ano e o plano será lançado ao mesmo tempo também em suas subsidiárias, tais como, Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), Eletrobras Termonuclear (Eletronuclear), Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), Amazonas Geração e Transmissão de Energia (Amazonas GT), Eletrosul Centrais Elétricas (Eletrosul) e Furnas Centrais Elétricas (Furnas).
O acordo com o sindicato envolve ainda mais cortes no ano que vem, mas em menor escala, pois a quantidade de funcionários da companhia a partir de janeiro de 2020 será de 12.500 efetivos e 12.088 a partir de maio de 2020.
A Eletrobras afirmou em nota, “A iniciativa em referência é muito importante para adequação dos custos de nossas empresas aos custos de uma empresa de referência do setor elétrico”.
Os funcionários de Furnas que aderirem o PDC, receberão uma indenização além dos 40% do saldo para fins rescisórios do FGTS e aviso prévio.
A agência Reuters chegou a publicar que esta verba indenizatória será no valor de no mínimo R$ 75 mil reais até um máximo de R$ 700 mil.
O corte de custos na Eletrobras soa ao mercado como uma preparação para a privatização da companhia, muito embora seja necessário a concordância do congresso para tal.
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