O atraso se deve à necessidade de estudos para o tratamento térmico de alívio de tensões na usina de energia nuclear. A EDF terá que adicionar mais de US$ 530 milhões no investimento do projeto após o atraso no carregamento de combustível da Flamanville 3.
Durante a última sexta-feira, (16/12), a companhia multinacional EDF anunciou um significativo atraso no carregamento de combustível da usina de energia nuclear Flamanville 3, localizada na França. Isso, pois serão necessários novos estudos para o tratamento térmico de alívio de tensões de algumas soldas. O projeto, que deveria iniciar a produção em 2013, continua com atrasos constantes em seu desenvolvimento, impactando no prazo final da entrega.
Carregamento de combustível da usina de energia nuclear Flamanville 3 foi adiado de 2023 para 2024, impactando no investimento necessário pela EDF para o projeto
A companhia EDF finalizou a última semana com notícias nada positivas para o desenvolvimento do seu projeto da usina de energia nuclear localizada na França.
Isso, pois o processo de carregamento de combustível do reator da planta terá que ser adiado do segundo trimestre do ano de 2023 para o primeiro trimestre do ano de 2024.
- 100 reatores em 10 anos: o PLANO da China para se tornar o maior exportador nuclear do mundo e liderar o setor global
- Brasil avança com EUA, Rússia e China para revolucionar setor nuclear com novos reatores e modernização de Angra
- Angra 1: Primeira usina nuclear brasileira garante operação até 2044 com investimento de R$ 3,2 bilhões da Eletronuclear!
- Bill Gates revela sua arma secreta: A energia nuclear pode destruir o reinado da energia solar?
Segundo a companhia, o atraso no projeto da Flamanville 3 trará um acréscimo de US$ 530 milhões nos investimentos necessários para a sua finalização.
O adiamento do carregamento de combustíveis se deve “principalmente a estudos complementares necessários para estabelecer um novo processo para o tratamento térmico de alívio de tensões (SRHT) de algumas soldas, que foram aprimoradas nos últimos dois anos, localizadas perto de áreas sensíveis equipamentos para o funcionamento da usina nuclear”, como afirmou a EDF.
Esse é um processo realizado nas peças após a soldagem para garantir o alívio nas tensões que restaram dela, além de proporcionar as características necessárias e adequadas para a peça soldada.
Agora, a EDF continua investindo na busca para acelerar os processos da usina de energia nuclear Flamanville 3.
Adiamento do carregamento de combustível soma mais um atraso para a usina de energia nuclear Flamanville 3 e impacta o projeto da EDF
Após o anúncio do adiamento do carregamento de combustível na Flamanville 3, a EDF afirmou que “As equipes agora passaram para o estágio final do tratamento térmico de alívio de tensão das soldas atualizadas e para o estágio de fechamento do circuito secundário principal”.
A companhia energética ainda divulgou que o custo médio para a entrega do empreendimento passou de EUR 12,7 bilhões para EUR 13,2 bilhões, um forte impacto nos investimentos necessários para a finalização do projeto.
Esse é o mais recente de uma série de atrasos no projeto na Normandia, no norte da França, que originalmente deveria começar a operar comercialmente em 2013.
Apesar disso, a EDF ressaltou que algumas conquistas essenciais para a Flamanville 3 foram realizadas durante os últimos meses.
Isso inclui a conclusão do complexo trabalho de atualização das soldas de penetração do circuito secundário principal, que foram consideradas segundo o conceito de pré-quebra.
Essas operações exigiram mais de doze meses de análises e qualificação antes de serem implementadas em Flamanville 3.
Conheça mais sobre a EDF
A EDF é uma das principais empresas de energia renovável do Reino Unido e da Irlanda, desenvolvendo, construindo, operando e mantendo projetos inovadores de armazenamento eólico, solar e de bateria. Ela também está atualmente investindo na descarbonização do setor de transporte do Reino Unido e no desenvolvimento de infraestrutura de energia vital para carregar veículos elétricos.