As usinas termelétricas irão custar cerca de R$ 13,1 bilhões até novembro, segundo previsões do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico)
O uso de usinas termelétricas, que poluem mais e geram energia mais cara, para evitar um apagão diante da crise hídrica em que o Brasil vive gerou um gasto maior com geração de energia no Brasil. Esse gasto é repassado para consumidores, o que deve fazer com que a conta de luz fique mais cara até 2025, pelo menos. Leia ainda esta notícia: MME prevê investimento de R$ 20 bilhões com programa que prorroga uso de termelétricas movidas a carvão
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Estão previstos investimentos de R$ 12 bilhões em usinas termelétricas no país
Em outubro, o MME fará um leilão, em processo simplificado, para compra de adicional de energia, com prazo previsto para abril de 2022 a dezembro de 2025 e possibilidade de entrega antecipada. Isso é necessário para recompor o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Mas o impacto na conta de luz deverá ser ainda maior.
Poderão participar do leilão de usinas termelétricas a gás com custo de até R$ 750 por megawatt-hora (MWh) e a óleo diesel e óleo combustível de até R$ 1 mil/MWh. A fatura sairá mais cara do que os leilões anteriores, mas o governo argumenta que o “prazo desafiador” para entrada em operação resulta em custo mais alto. E aposta que ampliar a concorrência possa segurar os preços.
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Gastos com usinas termelétricas sobem de R$ 9 bi para R$ 13 bi segundo MME, decorrente de crise hídrica
De acordo com uma estimativa feita pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com base em simulações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o aumento do uso das usinas termelétricas, provocado pelo cenário de crise hídrica, custará neste ano R$ 13,1 bilhões para os consumidores, ante estimativa anterior, informada em junho, que previa custo de R$ 9 bilhões.
Tal cálculo utilizado na estimativa do MME é baseado em simulações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), considerando o uso adicional das usinas termelétricas entre os meses de janeiro e novembro deste ano. O aumento no custo da geração de energia é repassado aos consumidores por meio da bandeira tarifária, taxa extra aplicada à conta de luz.
O MME e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informaram ao G1 que tais ações adotadas pelo governo são para preservar a água dos reservatórios das hidrelétricas, levando ao acionamento de mais usinas termelétricas, garantindo o fornecimento de energia. Com o acionamento, a previsão de custo do uso da energia térmica ao longo deste ano passou de R$ 9 bilhões para R$ 13,1 bilhões, aumento de 45%.
Ativação das térmicas diante da crise hídrica no país
O governo publicou no dia 7 de junho uma medida que autoriza, em caráter excepcional e temporário, condições regulatórias diferenciadas para permitir o acionamento de usinas termelétricas sem contrato por um período de até seis meses, que ainda poderá ser prorrogado. A iniciativa, divulgada pelo MME no Diário Oficial da União, vem em meio à seca histórica que tem pressionado o nível dos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de geração no país, e levantado preocupações sobre a oferta de energia.
A autorização, que já havia sido sinalizada diante das condições das usinas hidrelétricas, mas que teria foco apenas nas unidades a gás, foi oficializada pelo Governo, de maneira que o suporte do setor térmico à crise hídrica fique mais amplo, convocando usinas termelétricas de outras fontes e mais caras.