Ainda nos perguntamos: Quais surpresas 2023 trará para o cenário empresarial? Tal questão tem ecoado nos corredores de diversas corporações durante a formulação de suas estratégias para o presente ano. Com o final da pandemia ao horizonte, testemunhamos um renascimento de otimismo, alinhado à expansão dos negócios. Entretanto, à medida que avançamos além da metade do ano, torna-se crucial permanecermos vigilantes às novas modelagens do mercado, especialmente no que tange às tendências emergentes.
Após um 2022 turbulento, apesar das incertezas e instabilidades econômicas exacerbadas no Brasil, ainda podemos afirmar que as expectativas para o corrente ano permanecem elevadas. Conforme o estudo “Agenda”, conduzido pela Deloitte, sete em cada dez empresas pretendem impulsionar sua expansão em 2023.
O levantamento revelou que, dentre as estratégias mapeadas pelas corporações entrevistadas, 65% investirão em pesquisa e desenvolvimento, 48% buscarão alianças com startups para oferta de novos produtos ou serviços e 87% planejam incrementar seus investimentos em treinamento e capacitação de suas equipes.
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Os números indicam uma mudança significativa se comparada a três anos atrás, quando o objetivo era alavancar resultados externos. Agora, a tática das organizações está direcionada à otimização dos seus processos internos, visando a estabilidade. Neste contexto, novas tendências vêm moldando o atual movimento corporativo. A seguir, apresentamos as seis mais proeminentes:
1. Cloud Computing: A era digital trouxe a indispensabilidade do armazenamento em nuvem. Notamos que a demanda crescente pela adoção desta tecnologia vem impulsionando a entrada de novos provedores no mercado, com o intuito de atender essa necessidade. Dessa forma, quem já integrou a nuvem em seus serviços tem a chance de se destacar de forma competitiva.
2. Plataforma de soluções integradas: A utilização de sistemas integrados, que permitem a coleta e análise de dados em um único ambiente, segue como uma forte tendência. Neste sentido, soluções de ERP adaptam-se a esta demanda, expandindo-se verticalmente para suprir necessidades específicas dos negócios de maneira personalizada e estratégica, além de oferecer maior facilidade, simplicidade e custo acessível.
3. Low Code No Code: Esta tendência, que facilita o desenvolvimento de sistemas sem necessidade de grandes esforços e tempo, vem crescendo exponencialmente. Em um mercado que se transforma rapidamente, as empresas necessitam de ferramentas que proporcionem agilidade e eficiência, sem comprometer a qualidade.
4. Sustentabilidade: O comprometimento das empresas com o meio ambiente deve se fortalecer ainda mais. Assim, corporações preocupadas em cumprir os critérios sustentáveis devem aderir a sistemas de gestão que incluam o Footprint Management, que auxilia na neutralização e cálculo da pegada de carbono. Este é um movimento irreversível, já que as empresas que não se comprometerem com os princípios ESG ficarão para trás.
5. Cross border payment: Em um mundo globalizado, a realização de transações em diferentes moedas já é uma realidade e uma tendência forte. Movimentos do atual governo em direção a uma desvinculação do dólar indicam que outras moedas, incluindo as digitais, estão ganhando espaço. Portanto, as empresas precisam estar preparadas e implementar recursos que garantam estas transações de maneira ampla e coerente.
6. Ataques cibernéticos: Infelizmente, este é um fator que deve continuar a ganhar espaço nos próximos anos. Entretanto, estamos testemunhando um aumento na preocupação e investimento por parte das grandes empresas em ações de segurança – tendência que também deve ser seguida pelas PMEs, que precisarão se atentar a este aspecto, buscando garantir a máxima proteção e preparação contra estas ameaças.
Embora estas tendências possam parecer distintas, elas compartilham um aspecto em comum: todas acompanham a jornada de transformação digital das empresas. Conforme o estudo “Transformação Digital no Brasil: perspectivas e desafios”, realizado pela IDC, o investimento em transformação digital no país deve crescer 20,4% em 2023, atingindo US$ 76 bilhões.
Após o boom das novas soluções tecnológicas, as empresas agora devem redirecionar seus olhares internamente, consolidando os objetivos traçados no início do ano. Afinal, 2023 ainda não acabou e certamente, ainda há muito a ser feito.