Crise hídrica e crise política são os principais fatores que devem frear os investimentos neste ano e início do ano que vem
Muitos brasileiros estavam animados com a retomada da economia após o avanço da vacinação e perspectivas para o fim da pandemia, contudo, as coisas não estão saindo como o esperado. A crise política e hídrica está causando graves danos aos investimentos no país.
Segundo avaliação feito por especialistas do FGV, a crise hídrica, aliado a crise política, devem frear os investimentos no Brasil pelo menos até o início do ano que vem.
O Indicador de intenção de investimentos subiu um pouco no terceiro trimestre desde ano, contudo, os setores de serviços com 110,9 pontos e construção, com 103,6 pontos, estão abaixo dos níveis registrados antes da pandemia. O maior número está na indústria, com 129,2 pontos, porém, é menor do que foi registrado no início do ano, 132,8.
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Contudo, dados do PIB divulgado neste mês pelo IBGE, mostram que os investimentos no país caíram 3,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano. A taxa de investimentos registrada de 18,2% está bem abaixo dos 32,9% registrados em países emergentes. Também está abaixo dos 22% de países desenvolvidos.
Próximos meses deve ser de baixo crescimento
Em consulta feita pelo Estadão, Rodolpho Tobler, responsável pela sondagem de confiança do FGV, a expectativa para os meses seguintes é de um cenário de baixo crescimento. O alto índice de desemprego, inflação e crise hídrica são os principais fatores que justificam uma perspectiva de baixo crescimento econômico.
Com a queda do PIB no segundo trimestre deste ano, as perspectivas para o crescimento da economia caíram em torno de 5% para este ano. Contudo, o crescimento da economia para 2022 deve ficar em alto entre 1% e 2%. Essa situação deve reduzir o ritmo de investimentos no Brasil.
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