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China choca o mundo ao transformar 50 MIL hectares de deserto em terras agrícolas

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 16/12/2024 às 18:00
Deserto egípcio vira celeiro agrícola com tecnologia chinesa e investimento bilionário, produzindo milhões de toneladas de açúcar.
Deserto egípcio vira celeiro agrícola com tecnologia chinesa e investimento bilionário, produzindo milhões de toneladas de açúcar.

O impossível tornou-se realidade. Graças a uma parceria bilionária, 50 mil hectares de deserto foram convertidos em terras agrícolas, impulsionando a economia e a segurança alimentar.

No coração do deserto egípcio, onde o solo árido e as altas temperaturas pareciam limitar qualquer possibilidade de vida, um projeto grandioso vem desafiando os limites da tecnologia e da cooperação internacional.

Sem economizar esforços ou recursos, a transformação de 50 mil hectares de terra estéril em campos agrícolas produtivos não só chocou o mundo, mas também abriu precedentes sobre o futuro da agricultura em regiões inóspitas. O que antes parecia impossível, agora é realidade.

A iniciativa, conduzida por uma parceria entre empresas chinesas, egípcias e dos Emirados Árabes Unidos (EAU), representa um marco na luta contra a insegurança alimentar global e a exploração sustentável de recursos naturais.

O projeto que desafia o deserto

Com um investimento de 1 bilhão de dólares, o projeto Canal Sugar nasceu em 2018 como uma iniciativa conjunta entre o Egito e os Emirados Árabes Unidos, contando com a expertise da empresa chinesa Zhongman Petroleum and Natural Gas Group Corp. Ltd. (ZPEC).

A missão era ousada: transformar as terras áridas da província de Minya, ao sul do Egito, em um oásis agrícola sustentável.

Mais de 150 poços de água subterrânea foram perfurados até o momento, viabilizando a irrigação de culturas como beterraba, alfafa e cevada.

O gerente geral de agricultura da Canal Sugar, Aaron Baldwin, revelou que o projeto já proporcionou um aumento de 50% na produtividade da beterraba apenas no último ano.

Segundo Baldwin, a meta é alcançar entre 330 e 350 poços ativos em breve, consolidando o modelo agrícola sustentável que está sendo implantado.

Tecnologia de ponta no coração do deserto

A complexidade geológica do local não foi barreira para a ZPEC, que utilizou métodos tecnológicos avançados para acelerar o ritmo das perfurações.

No início, cada poço demandava cerca de um mês para ser concluído. Hoje, o mesmo trabalho é realizado em apenas 14 dias.

Segundo Zhou Guiqiang, responsável técnico pelo projeto, a eficiência atingida reflete não apenas o domínio tecnológico, mas também o impacto positivo da Iniciativa do Cinturão e Rota, promovida pela China.

Essa iniciativa tem fortalecido a posição da China como líder no desenvolvimento sustentável em regiões áridas, alinhando-se às metas do Egito de converter terras inóspitas em áreas produtivas.

Além disso, a fábrica de açúcar da Canal Sugar, também construída por uma empresa chinesa, possui capacidade para produzir 900 mil toneladas de açúcar branco por ano, incrementando significativamente a produção nacional de 2,8 milhões de toneladas.

Impactos econômicos e sociais profundos

O projeto vai além da produção agrícola. O açúcar, amplamente consumido pela população egípcia, é uma commodity essencial no país, que apresenta uma demanda anual de 3,3 milhões de toneladas.

A iniciativa não só fortalece a segurança alimentar, mas também cria milhares de empregos, revitaliza comunidades locais e fomenta a economia rural da província de Minya.

Ahmed Soliman, gerente de base da ZPEC, destacou que o projeto é um divisor de águas para as regiões desérticas.

“Estamos não apenas fornecendo alimentos, mas também dando nova vida a comunidades que antes dependiam exclusivamente de subsistência”, afirmou Soliman.

Um modelo global de cooperação

O sucesso da transformação do deserto egípcio em terras agrícolas produtivas é um exemplo de como parcerias internacionais podem superar desafios locais.

A relação entre empresas chinesas e o governo egípcio gerou benefícios mútuos, criando um modelo replicável para outras regiões.

Com a previsão de colher 2 milhões de toneladas de beterraba nos próximos três anos, o projeto Canal Sugar promete revolucionar o setor agrícola no Egito e inspirar outras nações a adotarem soluções tecnológicas para combater a insegurança alimentar.

Baldwin ressaltou que essa conquista só foi possível graças à inovação e à colaboração internacional, destacando que os frutos dessa parceria já estão sendo colhidos, literalmente.

O deserto como símbolo de inovação

A transformação de terras antes consideradas inférteis em áreas de alta produtividade agrícola evidencia o potencial humano para superar adversidades naturais.

Projetos como o Canal Sugar não apenas mudam a paisagem de um deserto, mas também demonstram o impacto da inovação tecnológica e da cooperação global no enfrentamento dos desafios do século XXI.

Com tanto avanço, uma pergunta inevitável surge: seria possível replicar essa tecnologia para transformar outras regiões áridas do mundo em celeiros agrícolas sustentáveis?

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Alberto Chirone
Alberto Chirone
17/12/2024 07:27

Ótima iniciativa para impulsionar o desenvolvimento sustentável . Transformar o deserto em áreas agricultáveis ajuda a diminuir a temperatura da Terra

Sergio Luiz Guedes costa
Sergio Luiz Guedes costa
17/12/2024 08:48

Se o Brasil depender só de comoditis agrícola para sobreviver,achando q a china vai sempre depender do brasil para comer se prepare,no mundo quem tiver as melhores tecnologias ou seja as melhores inteligências e por em práticas de superação estes dominaram a agricultura,indústrias, tecnologias,militar outros ,os Estados unidos,a Europa, Japão estão ficando para trás eo Brasil governado por parasitas **** covardes q sacrificam e explora o seu povo

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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