Tecnologia que utiliza isopor em paredes e pisos pode transformar o mercado imobiliário no Brasil. Grandes construtoras como MRV, Tenda e Pacaembu já estão interessadas.
Morar em uma casa construída com isopor? Pode parecer improvável, mas uma nova tecnologia está prestes a mudar a forma como as construções são feitas no Brasil, trazendo uma solução inovadora e que promete impactar diretamente no custo final das obras.
O material leve e resistente tem ganhado o interesse das maiores construtoras do país, como MRV, Tenda e Pacaembu, que estão de olho nas vantagens desse novo método de construção.
O sistema inovador da Lightwall, uma empresa pernambucana, usa painéis de isopor revestidos com placas de cimento, e está chamando a atenção não só pelo custo mais acessível, mas pela rapidez e eficiência que oferece no processo de construção.
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Segundo o jornal Valor Econômico, a Lightwall recentemente inaugurou sua segunda fábrica no estado de São Paulo, e já planeja uma expansão ambiciosa para 2025, com a abertura de outras oito fábricas. Com essa expansão, a produção deve aumentar de 2 mil para 20 mil casas ao ano, uma capacidade capaz de atender a crescente demanda por moradias no país.
O segredo por trás do sucesso da tecnologia da Lightwall
O diferencial dessa nova técnica construtiva está no uso de placas de cimento recheadas com concreto e bolinhas de poliestireno (EPS), popularmente conhecido como isopor.
De acordo com os testes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o sistema oferece não apenas maior leveza, com paredes que pesam apenas 40 quilos por metro quadrado em comparação com os tradicionais 240 quilos das paredes de concreto, mas também um excelente desempenho em conforto térmico, acústico e resistência à umidade.
Outro ponto interessante é a rapidez no processo de montagem. As placas já saem da fábrica sob medida para o projeto, o que acelera a construção e minimiza o desperdício de material, gerando uma economia de 10% a 15% em comparação com o uso de alvenaria convencional.
Isso se traduz em uma solução mais eficiente e econômica, sobretudo para o mercado de baixa renda, onde o déficit habitacional é mais evidente.
MRV, Tenda e Pacaembu já de olho na tecnologia
Com o aumento da produção e a regulamentação do uso dessas placas para pisos e paredes estruturais, grandes construtoras como MRV, Tenda e Pacaembu estão avaliando a viabilidade de adotar essa tecnologia em seus projetos.
A Pacaembu confirmou ao Valor Econômico que já está conduzindo estudos sobre o material, enquanto a Tenda preferiu não comentar, e a MRV ainda não respondeu aos pedidos de informações.
Esse interesse das principais incorporadoras sinaliza que o sistema pode ganhar ainda mais espaço no mercado imobiliário nos próximos anos.
Expansão ambiciosa e foco no mercado de baixa renda
A Lightwall não pretende parar por aí. A empresa tem planos ousados de investir cerca de R$ 400 milhões para a abertura de novas fábricas até o primeiro semestre de 2025.
As próximas plantas industriais devem ser instaladas em Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Pará, Bahia e Ceará, ampliando a presença da empresa em diversas regiões do país.
Esse movimento estratégico visa atender à crescente demanda do mercado de habitação de baixa renda, onde há um enorme potencial de crescimento.
Além das obras residenciais, a Lightwall também fechou uma parceria com a Steel Corp, uma empresa especializada em construção industrializada, para oferecer módulos comerciais usando a tecnologia de steel frame.
Essa solução, que usa estruturas de aço, vem sendo bastante adotada em construções rápidas e eficientes no exterior, e agora começa a ganhar espaço no Brasil.
A regulamentação que abre portas para o futuro da construção
A ABNT desempenhou um papel crucial na validação desse sistema construtivo.
Após criar a norma que regulamenta o uso das placas da Lightwall para paredes e pisos, a entidade também lançou um segundo método que utiliza placas de PVC recheadas com concreto leve, uma técnica bastante popular no Canadá.
Esse tipo de inovação é parte de um esforço conjunto da ABNT com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Ministério das Cidades, com o objetivo de modernizar a construção civil no Brasil.
Mario William Esper, presidente da ABNT, destaca que essas novas tecnologias são fundamentais para o setor.
“Não adianta a construção civil ficar empilhando tijolos e esperar por mais competitividade e qualidade”, afirmou Esper.
Esse discurso reflete a necessidade urgente de modernização no setor, para que o Brasil consiga acompanhar as tendências globais e oferecer habitações de qualidade a preços acessíveis.
O futuro das construções com materiais alternativos
Com a crescente demanda por habitação e a necessidade de tecnologias mais sustentáveis e eficientes, o uso de materiais como EPS e PVC em construções está se tornando uma realidade palpável no Brasil.
A expansão da Lightwall, somada ao interesse de grandes construtoras e à regulamentação da ABNT, indica que estamos à beira de uma revolução no mercado imobiliário, que pode oferecer casas mais baratas, sustentáveis e rápidas de serem construídas.
Você viveria tranquilamente em uma casa que sabe que foi feita com materiais a base de isopor? Comente abaixo e compartilhe sua opinião!