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Brasil acelera a transição energética sustentável com aumento da obrigatoriedade de mistura de biodiesel

26 de maio de 2023 às 09:26
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Grupo Potencial Economia Verde e transição energética
Foto Divulgação | Propriedade do Grupo Potencial | Complexo Industrial do Grupo Potencial | Lapa – Paraná

Aumento da mistura de biodiesel é mais um passo em direção à economia verde, melhorando a saúde pública, economia e agricultura familiar

Em abril deste ano, o Brasil deu um passo significativo em direção à sustentabilidade energética: a obrigatoriedade da mistura de biodiesel saltou de 10% para 12%, de acordo com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). E o progresso não para por aí. Nos próximos anos, este percentual deve continuar a crescer, atingindo 15% até 2026. Este avanço está em consonância com os compromissos do país em promover uma transição energética limpa, que diminui a emissão de gases de efeito estufa (GEEs), contribuindo para a saúde pública e fortalecendo a economia e agricultura familiar.

O biodiesel é um componente estratégico para as metas de descarbonização dos transportes e combustíveis no Brasil. Carlos Eduardo Hammerschmidt, Vice-Presidente Comercial e de Relações Institucionais do Grupo Potencial, explica: “A cada 420 litros de biodiesel produzidos em nossa fábrica, retiramos 1 tonelada de CO2 da atmosfera.”

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A contribuição ambiental do biodiesel: números que impressionam

No âmbito ambiental, o biocombustível substituiu a importação de 59,6 bilhões de litros de diesel entre 2008 e 2022. Isso resultou na retirada de 113,1 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera, o equivalente ao plantio de 826 milhões de árvores, um espaço maior do que os estados de Sergipe e Alagoas.

O Brasil tem potencial para se tornar uma referência global em transição energética, deixando para trás o diesel fóssil e abraçando energias renováveis, como biodiesel, etanol, bioquerosene e hidrogênio verde. Com a maior planta de biodiesel do país, situada em Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, o Grupo Potencial tem uma capacidade produtiva de 900 milhões de litros por ano.

A tecnologia de ponta da planta permite ainda a reutilização total de subprodutos, transformando-os em óleo sintético para a produção de biodiesel. A glicerina refinada, por exemplo, é um subproduto muito valorizado pela indústria farmacêutica para o desenvolvimento de produtos como shampoos, sabonetes e cápsulas oleaginosas.

Diversificação na produção: além da soja

A produção de biodiesel vai muito além da soja. Também são utilizados milho, palma, vísceras de frango, algodão e óleo de cozinha reciclado. Só a partir do óleo de cozinha, a planta já coletou 23 milhões de litros desde seu lançamento em 2012, evitando a contaminação de mais de 575 bilhões de litros de água.

Impacto econômico e social: Um futuro promissor

O Brasil é o terceiro maior produtor de biodiesel do mundo, atrás apenas da Indonésia e dos Estados Unidos, com 59 fábricas espalhadas por 15 estados. Com a produção estimada em 14 bilhões de litros por ano, o país tem capacidade suficiente para atender à nova demanda gerada pelo aumento da obrigatoriedade da mistura de biodiesel.

Benefícios para a saúde pública: respirar melhor

Os benefícios ambientais e econômicos da produção de biodiesel repercutem diretamente na saúde da população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 20% e 30% de todas as doenças respiratórias estão ligadas à poluição do ar. No Brasil, são previstas 50 mil mortes por ano devido à poluição, de acordo com o Ministério da Saúde.

Os biocombustíveis surgem como solução para a poluição causada pelo setor de transportes. “O biodiesel é a única maneira de o setor de transporte de veículos reduzir as emissões de GEEs na atmosfera”, explica Donizete Tokarski, CEO da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).

No entanto, mesmo com esses benefícios, o Brasil importou cerca de 12 bilhões de litros de diesel fóssil em 2022, enquanto as indústrias de biodiesel permaneceram mais de 50% ociosas.

A qualidade do biocombustível: padrões internacionais

A legislação brasileira para a qualidade do biocombustível é uma das mais rigorosas do mundo. Atualizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em março, possui regras mais estritas do que as vigentes nos Estados Unidos e na Europa.

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