Aspiradores robôs têm desvantagens pouco divulgadas, como falhas em cantos e manutenção frequente. Veja o que os fabricantes não contam antes da compra
O mercado de aspiradores de pó robóticos está em plena expansão. Estimativas apontam que ele deve ultrapassar os 10 bilhões de dólares até 2029. O motivo? A promessa de um assistente doméstico que trabalha sozinho, em silêncio e sem reclamar. Mas apesar do apelo, o produto ainda apresenta falhas que nem sempre aparecem nas especificações técnicas.
Preço elevado pode surpreender
Um dos principais obstáculos é o preço. Modelos de boa qualidade custam de € 400 (R$ 2.180,00) a mais de € 1.000 (R$ 6.230,00). E isso somente para garantir uma limpeza razoável. Enquanto isso, um aspirador de pó tradicional pode custar apenas € 70 (R$ 436,10) e fazer o mesmo serviço.
O risco é alto: se o ambiente não for compatível, o investimento pode se tornar um desperdício. Tapetes grossos ou pisos irregulares podem causar prejuízos. Há casos de aspiradores de pó robóticos que queimaram após duas semanas de uso.
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Degraus entre cômodos também são um problema. Eles descem, mas não sobem. O resultado? É preciso carregá-los manualmente até a base, tirando um pouco do charme da autonomia prometida.
Design dos aspiradores robóticos limita a limpeza
Outro ponto que chama atenção é o formato. A maioria dos modelos são redondos. Isso pode parecer inofensivo, mas dificulta o acesso a cantos e áreas estreitas. Alguns usuários relatam que seus aspiradores robóticos evitam esses pontos por completo.
Tapetes também representam um desafio. Um tapete felpudo pode parecer limpo após a passagem do robô, mas, na prática, o trabalho não foi feito corretamente. Por isso, o velho aspirador ainda é mantido por perto.
A boa notícia é que os modelos mais recentes estão mais precisos e conseguem contornar pernas de móveis com facilidade. Mas ainda há situações curiosas. Alguns simplesmente se recusam a passar por baixo de certas mesas, sem razão aparente.
Pequenos objetos podem travar a limpeza
Os obstáculos no caminho do robô são outro problema comum. Uma franja de carpete, um brinquedo esquecido, uma meia no chão… tudo vira motivo para interrupção. O robô envia um alerta, avisa que detectou um obstáculo e espera por ajuda.
Se o dono não estiver por perto, o aparelho pode permanecer parado no meio da sala por horas. Mesmo os aspiradores de pó robóticos mais modernos, com sensores avançados, não são infalíveis. Um simples pote de ração pode causar um impasse.
Por isso, manter o ambiente livre de objetos soltos se torna uma tarefa diária. É necessário levantar cadeiras, recolher tigelas, afastar caixas e lixeiras. O que deveria ser uma ajuda, acaba exigindo uma preparação constante.
Manutenção e peças caras: um problema dos aspiradores robóticos
Além da limpeza, há o fator manutenção. Escovas, filtros, sensores e rodas precisam ser trocados ou ajustados com frequência. Escovas rotativas se desgastam rápido. Filtros devem ser substituídos a cada dois meses.
E, quando alguma peça quebra, o custo para reposição pode ser alto, especialmente fora da garantia. O conserto, muitas vezes, exige habilidade técnica. Tentar desmontar o aparelho pode terminar em parafusos sobrando e perda de funcionalidade. Muitos usuários relatam frustração ao lidar com reparos por conta própria.
Degraus e desníveis atrapalham o uso completo da casa
Desníveis entre cômodos são uma barreira real. Um simples degrau de 5 cm é suficiente para impedir que o robô cumpra sua função. Ele pode descer, mas não consegue subir. Em muitos casos, o robô acaba preso em um dos cômodos, circulando até que a bateria se esgote.
A solução? Intervenções humanas. É preciso abrir e fechar portas, impedir quedas, levantar o robô e transportá-lo entre os ambientes. A autonomia, tão prometida nas propagandas, depende bastante da rotina e da estrutura da casa.
Apesar das falhas, os aspiradores robóticos são bem úteis
Mesmo com todas essas limitações, muitos usuários continuam fiéis aos aspiradores robóticos. Ter o chão limpo sem esforço é um privilégio difícil de abdicar. O aparelho pode ser programado para funcionar durante o expediente de trabalho, economizando tempo e energia.
Aspiradores robóticos mais modernos já vêm com função de esvaziamento automático do recipiente de sujeira. Isso reduz ainda mais a interação necessária. É verdade que essas versões exigem o uso de sacolas extras, mas o ganho de tempo compensa. E há algo reconfortante em chegar em casa e ver o robô voltando à base após cumprir sua missão.
Com informações de Neo Zone.