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A responsabilidade corporativa diante das mudanças climáticas

Escrito por Corporativo
Publicado em 18/10/2023 às 17:18
mudanças climáticas
Foto: William Padilha, engenheiro civil e Diretor Técnico da WEHRLE do Brasi

William Padilha destaca a necessidade das indústrias em minimizar os impactos do aquecimento global.

O compromisso industrial com o clima

O Brasil enfrentou seu inverno mais ameno em seis décadas, testemunhou ciclones no Sul e sofreu a quinta pior seca registrada no Amazonas. Todos esses são sinais alarmantes das alterações climáticas, amplamente impulsionadas pelas atividades humanas. William Padilha, engenheiro civil e Diretor Técnico da WEHRLE do Brasil, observa que, embora essas mudanças não possam ser revertidas rapidamente, existe espaço para ação, principalmente por parte das empresas.

Padilha expressa preocupação com a atual situação, enfatizando a necessidade de um compromisso global para atenuar esses efeitos. Ele menciona que certas alterações observadas superam até mesmo as previsões iniciais. “Algumas das mudanças climáticas que observamos são ainda mais drásticas do que as estimativas iniciais, em parte devido à interação com outros fenômenos, como o El Niño,” diz.

Indústria e sustentabilidade: uma combinação vital

As empresas industriais têm uma responsabilidade crucial nesse cenário. A chave está não apenas em otimizar a gestão de recursos e processos, mas também em minimizar os impactos negativos de suas atividades na sociedade. Para exemplificar, Padilha cita o Water Risk Index – uma ferramenta que avalia os riscos associados à água nas operações empresariais, considerando tanto sua escassez quanto o excesso.

Ele destaca que “as alterações climáticas intensificam os riscos. Conforme nos adaptamos a essas novas realidades, é crucial que as empresas identifiquem e compreendam esses riscos, pois isso nos oferece uma perspectiva mais clara dos impactos do aquecimento global em nossas operações”.

Além disso, a adoção de políticas robustas de gestão ambiental, social e de governança (ESG) torna-se imperativa. Padilha ressalta que, embora as abordagens ESG variem entre as empresas devido às diferenças setoriais, todas elas compartilham um ponto de partida comum: reconhecer e assumir responsabilidade pelos impactos de seus produtos e serviços. “O objetivo é criar estratégias que resultem em uma influência positiva sobre as mudanças climáticas, com métodos alinhados aos valores da empresa”, complementa o diretor da WEHRLE.

No panorama atual, a pressão sobre as empresas para que sejam responsáveis frente às mudanças climáticas é crescente. Conforme Padilha sugere, as empresas podem adotar diretrizes, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU ou o Global Report Initiative (GRI), para garantir que suas ações estejam alinhadas com a mitigação das mudanças climáticas.

Sobre a AHK Paraná: A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná) tem como principal objetivo fortalecer o mercado econômico, promovendo investimentos, comércio e serviços entre a Alemanha e o Brasil, bem como estabelecer cooperações econômicas globais e regionais. Atualmente sob a liderança de Andreas F. H. Hoffrichter, Cônsul Honorário da Alemanha em Curitiba, a organização tem se mostrado um pilar na promoção de interações econômicas bilaterais.

Fonte: William Padilha, engenheiro civil e Diretor Técnico da WEHRLE do Brasil.

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