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Volkswagen vai adotar etanol como fonte de eletrificação no Brasil e considera produzir veículos com motor híbrido flex, como faz a Toyota

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 01/08/2021 às 10:47
Volkswagen - etanol - Toyota - motor - veículos
Modelo hibrido flex a ser produzido – créditos: Mobiauto

Seguindo os passos da japonesa Toyota, a Volkswagen afirma que adotará o etanol como o melhor caminho para a eletrificação do mercado de veículos nacional e considera produzir veículos com motor híbrido flex

Como o Brasil está atrás na corrida para os carros totalmente elétricos, que atualmente são um sonho distante dos consumidores nacionais, a Volkswagen segue os passos da Toyota e pretende lançar veículos com motor híbrido flex, que utilizam etanol. A estimativa é que o sistema da Volkswagen poderá seguir a “receita” de uma versão do Jetta de 2012.

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O modelo foi apresentado no Salão de Detroit em 2012 e recebeu uma versão elétrica que combinava o motor 1.4 TSI turbo a gasolina a um pequeno propulsor elétrico com uma potência de 24 cavalos.

O Jetta com motor híbrido possui uma potência de 170 cavalos e 25,5 mkgf de torque, o que entrega ao carro uma potência para ir de 0 a 100 km/h em 8 segundos, um conjunto perfeito para a Volkswagen equipar em modelos como sua futura Tarok, que será uma picape. Resumindo, assim como a Audi, que possui um motor híbrido-leve em SUVs como o Q5, por exemplo, a Volkswagen possui um sistema semelhante.

Volkswagen e sua estratégia para o mercado de Etanol

Durante um evento para imprensa brasileira na quarta-feira (28), o presidente da montadora do Brasil e América Latina, Pablo Di Si, assumiu que adotará o etanol para uma mobilidade sustentável no mercado nacional. Segundo o executivo, não basta olhar apenas para o escapamento do carro, é necessário entender o sistema como um todo.

Di Si faz menção à poluição feita produzida pelos carros elétricos quando se leva em consideração toda a cadeia. Segundo uma pesquisa realizada pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), enquanto um veículo totalmente elétrico consegue emitir 54 g de CO2/km, um veículo com motor híbrido flex emite 37 gCO2/km. Para o CEO da instituição, Evandro Gussi, atualmente o carro mais básico que utiliza etanol como combustível no Brasil é mais limpo do que qualquer carro elétrico da Europa.

Segundo o diretor, não é uma questão de “carro elétrico versus etanol”, e sim “carro elétrico mais etanol”. O diretor afirma que o processo de transição para os carros elétricos traz algumas vantagens e ganhos em questão de eficiência se comparados aos motores a combustão, mas no caso do Brasil é necessário resolver, também, o problema da geração elétrica. Segundo Gussi, se sua geração de energia não é limpa, com baixa emissão de carbono, o problema ainda não foi resolvido.

Toyota a primeira montadora a criar um carro híbrido flex

Como a primeira empresa a trazer um veículo deste tipo, a Toyota afirma que será mais vantajoso realizar investimentos em veículos elétricos, movidos a hidrogênio e híbridos. De acordo com Masahiro Inoue, presidente da Toyota para a América Latina e Caribe, a propulsão com motor híbrido é a melhor forma de tornar o mercado automobilístico do Brasil mais sustentável.

Graças ao veículo com motor híbrido flex, desenvolvido pela Toyota, é possível utilizar os benefícios ambientais do etanol, que possuem uma grande presença nacional e também esquecer um pouco os investimentos em redes de recarga para veículos elétricos.  

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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