Usina Itaipu está investindo R$ 2,6 bilhões em obras estruturantes, ações que fortalecem a integração regional, a segurança energética e o desenvolvimento da região da usina, do Paraguai e do Brasil
Na manhã de ontem (22/02), o presidente Jair Bolsonaro destacou o protagonismo da usina hidrelétrica Itaipu Binacional em garantir a segurança energética do País, além de representar um símbolo para a integração do Brasil com o Paraguai e ser um motor no desenvolvimento regional. A afirmação foi feita na cerimônia de posse do diretor-geral brasileiro da Itaipu, almirante Anatalicio Risden Junior), no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF).
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A solenidade contou com a presença de dezenas de autoridades, entre elas, os ministros de Relações Exteriores, Carlos França; de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque; o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira; a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; e o vice-governador do Paraná, Darci Piana, que representou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. Também estiveram presentes o diretor-geral paraguaio de Itaipu, Manuel Maria Caceres Cardozo, além de conselheiros da binacional.
Usina Itaipu está investindo R$ 2,6 bilhões em obras estruturantes, ações que fortalecem a integração regional, a segurança energética e o desenvolvimento da região da usina, do Paraguai e do Brasil
Segundo Bolsonaro, a política de austeridade do governo federal, seguida por Itaipu, permitiu a alocação de recursos em grandes obras, como a revitalização do sistema de corrente contínua de Furnas, que terá o financiamento de R$ 1 bilhão da margem brasileira da binacional; e construções como a Ponte da Integração Brasil-Paraguai e a ampliação da pista do aeroporto internacional de Foz do Iguaçu, entre outras.
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No total, Itaipu está investindo R$ 2,6 bilhões em obras estruturantes, ações que fortalecem a integração regional, a segurança energética e o desenvolvimento da região da usina, do Paraguai e do Brasil.“Isso acontece graças à maneira séria de se escolher pessoas para estar à frente das estatais. O almirante Risden, que era diretor [financeiro executivo] da Itaipu e fez um bom trabalho, agora foi reconhecido para dar prosseguimento às boas administrações que o antecederam. Nós temos certeza de que o trabalho dele será especial para todos nós”, afirmou o presidente. “Sabemos de seu potencial para levar adiante essa missão de administrar, em parceria com o Paraguai, a nossa Itaipu Binacional”, concluiu.
Nomeado em decreto publicado no Diário Oficial da União, em 27 de janeiro, Anatalicio Risden é o 14º diretor-geral brasileiro da Itaipu. Durante a cerimônia, assinaram o termo de posse o próprio diretor, além dos ministros Bento Albuquerque e Carlos França. O último diretor-geral de Itaipu a tomar posse no Ministério de Relações Exteriores (MRE) havia sido Jorge Nacli Neto, há 30 anos, em 1992.
Itaipu continuará seguindo as diretrizes do governo federal, promovendo a valorização do capital humano e respeitando as relações entre Brasil e Paraguai
De acordo o almirante Risden, Itaipu continuará seguindo as diretrizes do governo federal, promovendo a valorização do capital humano, mantendo a gestão racional do bem público com a política de austeridade, além de respeitar as relações entre Brasil e Paraguai. “O diálogo e a boa convivência, que nortearam a construção dessa grandiosa usina e a tornaram exemplo para o mundo em diversos setores, vão continuar sendo os princípios basilares da minha gestão”, afirmou.
O diretor-geral brasileiro lembrou sua trajetória em Itaipu e antes de chegar à empresa. Nascido em Curitiba, ele é de uma família pioneira em Foz do Iguaçu, que chegou à região no final do Século 19, quando a cidade ainda era uma pequena vila. “Tenho lembranças preciosas dos momentos em que ia visitar a cidade e segui observando o seu desenvolvimento. Vi a fundação da Itaipu Binacional e pude acompanhar o sonho tornar-se realidade”, conta.
Nomeado diretor financeiro executivo em 2019, Risden pôde conhecer de perto as ações estratégicas da empresa, nas áreas de produção de energia, sendo líder mundial em geração acumulada; diplomacia, com a relação amistosa com o Paraguai; social, com a promoção do desenvolvimento das cidades lindeiras ao reservatório; e ambiental, pelo exemplo em desenvolvimento sustentável. “Além disso, a Itaipu é reconhecida internacionalmente por ser exemplo de liderança na Agenda 2030 da ONU, cumprindo com primazia todos os 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Tudo isso prova que é possível, com o esforço de dois países, unir a preservação ambiental ao desenvolvimento econômico”, afirmou.
Usina Itaipu representa um dos capítulos mais bem-sucedidos da diplomacia brasileira, ao transformar um impasse fronteiriço num marco para a integração e o desenvolvimento do Brasil e Paraguai
Para o chanceler Carlos França, Itaipu representa um dos capítulos mais bem-sucedidos da diplomacia brasileira, ao transformar um impasse fronteiriço num marco para a integração e o desenvolvimento do Brasil e Paraguai. Destacou ainda a importância da usina para a soberania e a segurança energética dos dois países e os investimentos na área do meio ambiente, hoje exemplo para o mundo. “Itaipu nasceu com o DNA do desenvolvimento sustentável”, disse.
O ministro elogiou também a diretriz do presidente Jair Bolsonaro de saneamento das empresas estatais que, no caso de Itaipu, vai permitir a redução de tarifa de energia para o consumidor e o incremento dos investimentos de infraestrutura na região. Em 2023, está prevista a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras e de prestação de serviços de eletricidade. “Itaipu chegará ao jubileu de ouro (50 anos) em plena saúde financeira.”
O ministro Bento Albuquerque comentou sobre o papel estratégico da Itaipu e como a diplomacia, presente no cerne da empresa, será fundamental para as negociações do Anexo C. “Essa revisão será realizada em contexto positivo, graças ao êxito de esforços envidados em meio século para garantir a quitação da dívida deste empreendimento e dentro do prazo idealizado pelos realizadores”, afirmou.
“Do lado brasileiro temos nos preparado tecnicamente desde o início da gestão do presidente Bolsonaro para essa negociação. O Ministério de Minas e Energia tem feito isso em estreita coordenação com agentes do sistema elétrico, consumidores e com o Ministério de Relações Exteriores. E temos contado com o conhecimento do corpo técnico da Itaipu, sempre disposto a contribuir”, afirmou.