Usina de energia solar flutuante pode ser uma alternativa para ajudar a reduzir a evaporação de água nos reservatórios de água
Segundo especialistas, as mudanças climáticas estão por trás das fortes secas, que afetaram algumas regiões do planeta nos últimos anos. O Brasil sofreu muito com esse problema, obrigando a ANEEL aumentar o preço da energia para evitar apagões. Com o sol cada vez mais quente, os reservatórios de água evaporam com uma maior velocidade, prejudicando as usinas hidroelétricas. A energia solar flutuante pode ajudar a reduzir os efeitos do problema.
Usina de energia solar: Estratégia pensando em aumentar a eficiência
A estratégia seria usar energia solar flutuante para gerar, ainda mais, energia limpa, ao mesmo tempo que os painéis solares impedem o aumento da temperatura da água, diminuindo a evaporação da água. Em um estudo de 2019, a ANA, Agência Nacional de Águas, analisou um total de 148 reservatórios em todo o Brasil, em que foi comprovado que a evaporação foi o segundo maior consumo de água, atrás somente da irrigação na agricultura.
Um dos grandes problemas dos reservatórios é que alguns deles inundam grandes áreas, formando espelhos d’água. Isso faz aumentar muito o espaço onde o sol bate com muita intensidade, aumentando, ainda mais, a evaporação.
- Projeto Noronha Verde: Transição Energética e Caminho para Fontes Renováveis em Fernando de Noronha pela Neoenergia
- Como a aquisição da AES Brasil coloca a Auren no topo: descubra a terceira maior geradora de energia do Brasil e seu segredo de sustentabilidade
- Reciclagem criativa: turbinas eólicas viram minicasas! Designers revolucionam setor ao dar nova vida a equipamentos antigos e enfrentar um dos maiores desafios da energia sustentável
- China e Brasil se juntam para impulsionar a energia eólica offshore: você sabia que o Brasil possui um dos maiores potenciais eólicos marítimos do mundo?
A implantação de energia solar flutuante deve continuar crescendo nos próximos anos. Especialistas acreditam que ele se tornará o terceiro pilar da energia solar, atrás somente de energia solar nos telhados e no solo.
Em 2018, um estudo feito na Europa e Ásia, através do instituto Ciel & Terre International, mostrou que a energia solar flutuante produz um total de 14% a mais energia do que os painéis nos telhados e no solo. O estudo também evidenciou que o uso deste tipo de tecnologia reduz em até 70% a evaporação da água.
Brasil já possui uma usina flutuante
No Brasil, a tecnologia já vem sendo usada. Ela fica localizada na Fazenda Figueiredo das Lages, no município de Cristalina, Goiás. Os painéis solares são instalados em um lago artificial, que é abastecido com águas das chuvas. A fazenda implantou um total de 1.150 painéis fotovoltaicos.
Hoje, o maior projeto está na Coreia do Sul, nas planícies de manter atrás de uma barragem. O projeto de painéis solares flutuantes deverá custar um total de U$ 4 bilhões, o qual deve ser colocado em funcionamento em 2025.