1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Starlink de Elon Musk cresce rapidamente e chega a mais de 50% do mercado nacional de internet via satélite
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 10 comentários

Starlink de Elon Musk cresce rapidamente e chega a mais de 50% do mercado nacional de internet via satélite

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 07/02/2025 às 16:13
Starlink domina 58% do mercado de internet via satélite no Brasil e busca expansão com novos satélites de órbita baixa.
Starlink domina 58% do mercado de internet via satélite no Brasil e busca expansão com novos satélites de órbita baixa.

Nos últimos anos, a conectividade se tornou uma necessidade básica para milhões de pessoas ao redor do mundo.

No Brasil, onde muitas regiões ainda sofrem com acesso limitado à internet, uma revolução silenciosa vem acontecendo no setor de banda larga via satélite.

O mercado, antes dominado por empresas tradicionais, tem passado por uma transformação significativa com a ascensão de uma nova tecnologia que promete conexão mais rápida e estável.

Com a crescente dependência da internet para trabalho remoto, educação e entretenimento, os desafios de conectar regiões isoladas ganharam ainda mais relevância.

As tecnologias convencionais, como fibra óptica e redes móveis, muitas vezes não conseguem alcançar áreas remotas devido a limitações de infraestrutura.

Nesse cenário, a internet via satélite se tornou uma solução viável, e a Starlink tem liderado essa inovação no Brasil.

A Starlink, empresa de internet via satélite pertencente a Elon Musk, conquistou 58% do mercado brasileiro de banda larga satelital, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) referentes a dezembro de 2024.

Com 326,8 mil conexões ativas, a companhia cresceu rapidamente, superando concorrentes tradicionais e se consolidando como a principal fornecedora desse tipo de serviço no país.

A tecnologia utilizada pela Starlink, baseada em satélites de baixa órbita, tem sido um diferencial para essa expansão.

Diferentemente dos satélites geoestacionários, que operam a uma distância maior da Terra, os equipamentos da empresa de Musk proporcionam menor latência e maior velocidade de conexão, tornando-se uma alternativa atrativa para consumidores e empresas em regiões remotas.

Além disso, a instalação do serviço é simplificada, exigindo apenas um kit de recepção, o que facilita a adoção da tecnologia em locais de difícil acesso.

Outro fator que impulsionou o crescimento da Starlink no Brasil foi a ampliação do número de satélites ativos.

Com o lançamento frequente de novas unidades, a cobertura da empresa tem se expandido rapidamente, alcançando não apenas áreas rurais, mas também locais urbanos onde a infraestrutura de internet tradicional apresenta falhas ou congestionamentos.

Concorrência e participação de mercado

Enquanto a Starlink cresce de forma acelerada, sua principal concorrente, a Hughes, ficou com 171,2 mil acessos ativos, ocupando o segundo lugar no ranking da Anatel.

A Hughes utiliza satélites geoestacionários para fornecer conexão, uma tecnologia mais tradicional e amplamente utilizada antes da popularização dos satélites de baixa órbita.

No entanto, essa abordagem apresenta desvantagens, como latência mais alta e menor capacidade de expansão em curto prazo.

Na terceira posição, a norte-americana Viasat registrou 20,3 mil acessos, enquanto a Telebras aparece em quarto lugar com 17,6 mil acessos. Apesar da parceria entre essas duas empresas, a Anatel contabiliza seus dados separadamente.

A estatal brasileira, que representa apenas 3,1% do mercado, busca alternativas para expandir sua atuação na órbita baixa e competir de forma mais equilibrada com os líderes do setor.

Entre outras empresas que atuam na banda larga via satélite, a Claro ocupa a quinta colocação no ranking da Anatel, com 12,1 mil acessos, enquanto a Oi aparece em sexto lugar, com 2,6 mil acessos.

Esse cenário demonstra que, embora a concorrência ainda exista, a Starlink se consolidou como líder absoluta desse segmento.

Crescimento do setor e novos investimentos

O Brasil encerrou 2024 com 563,4 mil acessos ativos na banda larga via satélite, consolidando um mercado em expansão e cada vez mais competitivo.

Com a crescente demanda por conexão em regiões rurais e afastadas dos grandes centros urbanos, a tendência é que a tecnologia continue evoluindo e novas empresas tentem ampliar sua presença nesse segmento.

A Starlink, por sua vez, não pretende parar por aqui.

A empresa aguarda autorização da Anatel para o lançamento de 7,5 mil novos satélites de baixa órbita, o que pode aumentar ainda mais sua cobertura e a qualidade do serviço oferecido no país.

Se aprovada, essa expansão permitirá que mais brasileiros tenham acesso a uma internet de alta velocidade, reduzindo a exclusão digital e promovendo maior inclusão tecnológica.

Além disso, o impacto da Starlink pode ser sentido em diversos setores, como educação e saúde. Escolas em áreas remotas poderão ter acesso a conteúdos digitais de alta qualidade, facilitando o aprendizado e a integração de alunos ao mundo conectado.

Na saúde, hospitais e clínicas distantes dos grandes centros urbanos poderão contar com telemedicina e acesso rápido a bancos de dados médicos, melhorando a qualidade do atendimento.

No entanto, a chegada da Starlink ao Brasil também trouxe desafios regulatórios. A empresa enfrenta exigências da Anatel para garantir conformidade com as normas do setor e atender às demandas locais.

Outro ponto de discussão é a competição com provedores nacionais, que podem sofrer com a perda de clientes devido à superioridade tecnológica da empresa de Elon Musk.

Com essa expansão, a expectativa é que a Starlink se torne ainda mais dominante no mercado nacional, tornando-se uma opção viável para milhões de brasileiros que antes não tinham acesso a uma internet de qualidade.

A concorrência terá que se adaptar rapidamente para não perder espaço em um setor que está evoluindo a passos largos.

  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
50 pessoas reagiram a isso.
Reagir ao artigo
Inscreva-se
Notificar de
guest
10 Comentários
Mais antigos
Mais recente Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Reinaldo
Reinaldo
08/02/2025 23:22

Amei

Renato sottomaior
Renato sottomaior
09/02/2025 06:13

Como faço para ter essa antena da star link

Aurélio Silby
Aurélio Silby
09/02/2025 13:28

Mas ele é um ****, negativista e desumano. Comprar produtos de empresas desse cara é contribuir pra violência no mundo.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x