Siemens Energy garante pedido de eletrolisador da European Energy. Os usuários finais do e-Metanol serão a companhia de navegação Maersk, o revendedor de combustíveis Circle K, entre outros.
A Siemens Energy faturou um contrato da European Energy para o fornecimento de uma planta eletrolisadora. A multinacional desenvolvedora e operadora dinamarquesa de empreendimentos de energia ecológica está implementando o primeiro projeto comercial para a instalação de produção de e-Metanol em grande escala mundial, com hidrogênio fornecido por uma planta eletrolisadora de 50 megawatts (MW) da Siemens Energy.
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A planta será construída em Kassø, região localizada a oeste de Aabenraa, no sul da Dinamarca, perto da fronteira com a Alemanha. Utilizando um parque solar de 300 MW próximo de Kassø, desenvolvido pela European Energy, o projeto fará uso da eletricidade renovável de baixo custo necessária para produzir e-Combustivel por um valor competitivo. Os usuários finais do e-Metanol serão a companhia de navegação Maersk, o revendedor de combustíveis Circle K, entre outros.
O projeto garante o fornecimento de e-Metanol para o primeiro navio de contêineres movido a combustível ecológico da Maersk e, assim, marca o ponto de partida para um transporte neutro de grande escala em termos de CO2. O início da produção do metanol comercial está previsto para o segundo semestre de 2023.
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Siemens Energy, junto com a European Energy, dá o primeiro passo para a descarbonização do setor marítimo
A Siemens Energy irá projetar, fornecer e comissionar o sistema de eletrólise, composto por três conjuntos completos de sua linha de produtos mais recente e mais poderosa para eletrólise PEM (membrana de troca de prótons), incluindo transformadores, retificadores, sistema de controle distribuído (CDS), além do equipamento para produzir água desmineralizada. A European Energy é a proprietária do projeto e será responsável pela engenharia, aquisição e construção, bem como pela operação da instalação.
Stefano Innocenzi, Vice-Presidente Sênior de News Energy Business da Siemens Energy, afirmou: “As mudanças climáticas exigem ação imediata. Junto com nosso parceiro European Energy, estamos dando o primeiro passo para a descarbonização do setor marítimo. Com este projeto, vamos levar ao mercado e-Metanol em grande escala. O E-metanol ou e-Combustíveis derivados estão destinados ao transporte rodoviário e marítimo de longa distância e também para a aviação. O projeto será a prova do sucesso da comercialização e dimensionamento da nossa tecnologia PEM.”
Knud Erik Andersen, CEO da European Energy, declarou: “Temos o prazer de colocar este pedido importante, no que acreditamos ser o primeiro projeto Power-to-X comercial do mundo dessa natureza, em grande escala. Este é um momento crucial na transição verde, à medida que avançamos com a descarbonização de setores difíceis de reduzir o impacto ambiental, como é o caso do setor naval, e confiamos que o excelente know-how da Siemens Energy em relação aos eletrolisadores se traduzirá em uma base sólida para expandir nossos negócios de fornecimento de combustíveis sustentáveis para o mundo.”
Estima-se que o setor de transporte marítimo emite cerca de 1 bilhão de toneladas de CO2 por ano, cerca de 13% das emissões de gases do efeito estufa do setor de transporte global
O transporte global consome cerca de 3.050 terawatts-hora (TWh) do consumo final da energia mundial. Para fins de comparação, isso é mais que cinco vezes o consumo total de eletricidade da Alemanha. E praticamente quase tudo é baseado em combustíveis fósseis, principalmente óleo combustível.
Estima-se que o setor de transporte marítimo emite cerca de 1 bihão de toneladas de CO2 por ano, cerca de 13% das emissões de gases do efeito estufa do setor de transporte global. A Organização Marítima Internacional (pela sigla inglesa – IMO) já obteve o compromisso do setor de transporte marítimo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) pela metade até 2050 (com base no nível de 2008), para atender às metas do Acordo de Paris.
As medidas são: novas abordagens logísticas, maior eficiência, reduções de velocidade/potência e – como o caminho mais eficaz – a utilização de combustíveis sustentáveis, ou seja, combustíveis à base de eletricidade, em grande parte neutros em termos de carbono (os e-Combustíveis), para propulsão.