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Revelação de oficial russo DESERTOR: 4.380 ogivas, uma base nuclear secreta e a ordem para apertar o botão nuclear

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 27/11/2024 às 18:50
Revelação de oficial russo DESERTOR: 4.380 ogivas, uma base nuclear secreta e a ordem para apertar o botão nuclear
Ex-oficial russo desertor revela que mais de 1.700 ogivas nucleares estão prontas para uso em bases ultrassecretas, onde soldados vivem sob vigilância total e ordens de destruição chocantes foram dadas. (Imagem: Reprodução)

Na linha de fogo nuclear, um oficial russo desertor detalha o que acontece dentro de uma base nuclear e expõe como a Rússia prepara sua doutrina nuclear para o conflito na Ucrânia.

A Rússia deu seu primeiro grande aviso nuclear na semana passada, reacendendo temores em um conflito onde o “elefante na sala” continua sendo o uso de armas nucleares. Agora, com o depoimento de um oficial russo desertor, surgem detalhes assustadores sobre como as bases nucleares operam em momentos de tensão extrema.

Em uma entrevista exclusiva à BBC, um ex-oficial de alta patente, identificado apenas como Anton, revelou os bastidores de uma base nuclear durante os dias iniciais da invasão russa à Ucrânia, em 2022. Sem revelar seu nome verdadeiro por questões de segurança, o desertor apresentou um relato impactante: “No dia em que a guerra começou, estávamos prontos para apertar o botão por terra, mar e ar e realizar um ataque nuclear.”

A vida em alerta máximo em uma base nuclear, segundo o ex oficial russo

BBC: ex-oficial de armas nucleares foge da Rússia

Segundo Anton, a base nuclear onde ele trabalhava entrou em alerta máximo no dia 24 de fevereiro de 2022, data do início da invasão à Ucrânia. Durante três semanas, as ogivas nucleares estiveram prontas para serem acionadas. Apesar de o alerta ter sido cancelado posteriormente, ele garante que o arsenal russo está em pleno funcionamento, sendo constantemente mantido e preparado para qualquer cenário.

O relato de Anton contradiz especialistas ocidentais que questionam a eficácia do armamento nuclear da Rússia, alegando que grande parte das ogivas ainda é da era soviética. A Rússia possui cerca de 4.380 ogivas operacionais, das quais apenas 1.700 estão “implantadas” e prontas para uso imediato, segundo a Federação de Cientistas Americanos.

Anton descreveu a rotina dentro da base como parte de uma “sociedade fechada”, onde a vida dos soldados é estritamente controlada. Nenhuma interação com o mundo externo era permitida sem aprovação prévia do Serviço Federal de Segurança (FSB), com um mínimo de três meses de antecedência. Os soldados passavam por testes rigorosos, incluindo detectores de mentiras frequentes, e estavam proibidos de levar aparelhos eletrônicos para o local.

Ordens criminosas e um dilema moral

Entre os momentos mais perturbadores de seu relato, Anton destacou ordens recebidas logo após o início da guerra, exigindo que ele instruísse subordinados a justificarem a destruição de civis ucranianos, rotulando-os como combatentes. Considerando as ordens como “claramente criminosas”, ele se recusou a cumpri-las. A consequência foi sua transferência para uma brigada de assalto convencional, conhecida por usar soldados problemáticos como “bucha de canhão” na linha de frente.

Diante do risco iminente de ser enviado ao front, Anton decidiu desertar. Ele contou com o apoio da organização “Idite Lesom”, que auxilia soldados russos a fugirem do conflito. Agora vivendo na clandestinidade, ele rompeu contato com antigos colegas para evitar que fossem expostos a represálias, que incluem testes de polígrafo e vigilância constante.

Cresce o número de desertores

Segundo a organização “Idite Lesom”, cerca de 350 soldados russos buscam ajuda para desertar a cada mês. No entanto, os riscos são altos, com ameaças de execuções extrajudiciais e deportações forçadas para enfrentarem julgamento na Rússia.

Anton ressalta que muitos soldados russos são contrários à guerra, mas o sistema militar repressivo do Kremlin sufoca qualquer oposição. Apesar de viver escondido e sob constante ameaça, ele quer trazer à tona a resistência interna dentro das forças armadas e denunciar as dinâmicas autoritárias que sustentam o esforço de guerra russo.

Com este relato chocante de um oficial russo desertor, os olhos do mundo voltam-se novamente para a ameaça nuclear no conflito da Ucrânia. A história de Anton não é apenas um apelo por mudança, mas também um lembrete sombrio do potencial devastador que continua à espreita.

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Evandro
Evandro
28/11/2024 11:30

Artigo pro Ocidental; tendencioso. Onde existe sistema militar que privilegie deserção!?

Dep
Dep
28/11/2024 11:44

Não acredito em relatos sem fatos.

Skbr
Skbr
Em resposta a  Dep
28/11/2024 14:41

Mentirada da grossa, atrás de um click bait…Tomem jeito !

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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