Fechamento da fábrica de pás eólicas da GE Vernova em Pernambuco irá impactar a economia local e o setor eólico.
A GE Vernova anunciou na última terça-feira (11) o fechamento de sua fábrica de pás eólicas em Pernambuco, localizada em Suape. A decisão de fechar a planta, que tem sido uma importante produtora de pás eólicas para o mercado latino-americano, será responsável pela demissão de cerca de mil funcionários.
A GE Vernova justifica o fechamento pela queda na demanda por turbinas eólicas na América Latina, situação que tem afetado toda a indústria eólica no Brasil.
Fechamento de outras fábricas e a situação do setor eólico
O fechamento da fábrica de pás eólicas da GE Vernova em Pernambuco não é um caso isolado.
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Nos últimos anos, o setor eólico brasileiro enfrenta uma série de dificuldades, com a desaceleração na demanda por turbinas eólicas e uma consequente redução na produção.
Em 2022, a GE Renewable Energy anunciou a suspensão da fabricação de novas turbinas eólicas no Brasil, o que já gerava preocupações sobre o futuro da fábrica de Suape.
Além disso, outras empresas do setor também estão enfrentando dificuldades semelhantes.
Em 2023, a Siemens Gamesa, outra gigante do setor eólico, anunciou a hibernação de sua fábrica em Camaçari, na Bahia, em resposta à diminuição da procura por turbinas eólicas.
Em 2024, a WEG, empresa brasileira de equipamentos, também interrompeu a produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul.
Recentemente, a Aeris Energy, uma das principais fornecedoras de pás eólicas, demitiu 700 funcionários, refletindo uma queda na produção e no fornecimento de componentes para o setor.
Esses acontecimentos indicam que o mercado eólico no Brasil ainda enfrenta um período de retração e incertezas.
O impacto na economia local de Pernambuco
O fechamento da fábrica de pás eólicas da GE Vernova em Pernambuco terá um impacto direto na economia local.
A fábrica, localizada em Suape, é uma das principais fontes de emprego na região, e as demissões afetarão não apenas os trabalhadores da fábrica, mas também os fornecedores e empresas parceiras que dependem da produção de pás eólicas para operar.
A perda de uma fábrica tão significativa para o setor eólico pode prejudicar a competitividade de Pernambuco, que tem investido fortemente na indústria eólica como uma das principais fontes de desenvolvimento sustentável e geração de emprego.
Com a redução das atividades da fábrica de pás eólicas em Suape, o estado de Pernambuco precisará buscar alternativas para compensar a perda de empregos e reduzir o impacto econômico causado pela retração do setor.
Para muitas famílias, a demissão de mil funcionários representa um desafio considerável, que exigirá políticas públicas e ações por parte do governo para ajudar na transição profissional e na adaptação ao novo cenário econômico.
Com informações do Terra.