MP da Eletrobras vai dar prejuízo de R$ 400 bilhões. Segundo a Fiesp, cerca de R$ 300 bilhões viriam de altas na conta de luz nos próximos 30 anos
Fiesp resolveu se posicionar sobre o texto da votação da privatização da Eletrobras, que entrou em discussão no Senado, na última quarta-feira (16). Segundo a entidade, o custo de capitalização da estatal pode elevar o preço da conta de luz e gerar prejuízo bilionário ao bolso dos brasileiros.
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Privatização vai gerar alta na conta de luz, afirma Fiesp
Fiesp estima R$ 400 bilhões em prejuízo ao brasileiros, sendo cerca de R$ 300 bilhões provenientes de altas na conta de luz. “É um mercado monopolista. Os brasileiros não podem trocar de companhia em busca de uma melhor oferta”, diz a entidade.
Ainda segundo a entidade, a proposta de contratação das térmicas chamadas de inflexíveis, que geram energia sem parar, pode elevar em R$ 50 bilhões os custos nas tarifas no período de 20 anos.
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Na esteira das críticas ao texto da MP dos setores da indústria e energia, a federação argumenta que haverá gastos adicionais de R$ 30 bilhões em duas décadas com reserva de mercado para pequenas centrais hidrelétricas.
A Fiesp também soma em seus cálculos, nesse período, R$ 20 bilhões referentes à renovação de contratos “antigos e caros” de geradoras pelo Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica).”
Entenda melhor a privatização da Eletrobras
A proposta, que foi entregue ao Congresso Nacional pelo Governo, propõe que a Eletrobras venda novas ações ordinárias na Bolsa de Valores e prevê também que a União tenha direito a uma ação especial, conhecida como golden share.
A MP de privatização da Eletrobras estabelece, também, que a empresa gaste cerca de R$ 3,5 bilhões em dez anos para revitalizar a bacia do rio São Francisco e mais de meio milhão voltados para a redução de cursos de geração energética na Amazônia e para as bacias dos reservatórios da usina de Furnas.
Sobre a estatal
Com mais de 90% de sua capacidade de instalação de fontes renováveis e de baixa emissão de CO2, a Eletrobras é uma líder em transmissão e geração de energia elétrica e está presente na conta de luz de diversos consumidores, contribuindo para que ela seja mais acessível e barata, e também contribui para que a matriz energética do Brasil seja uma das mais renováveis e limpas mundialmente.
A empresa também atua nos setores de eficiência e comercialização energética, além de programas como o Programa Luz para Todos, Procel e Proinfa. Além disso, a empresa tem investimentos previstos entre 2018 e 2022 com cerca de R$ 19,756 bilhões.
Energia solar pode se tornar a nova opção dos consumidores após privatização da Eletrobras
Nos últimos anos, a energia solar tem sido adquirida em níveis surpreendentes e, cada vez mais, vem ganhando destaque, e, agora que há uma possível privatização da Eletrobras, a conta de luz dos consumidores tem uma grande chance de aumentar ainda mais, tornando assim a energia solar a nova opção dos consumidores.
Os consumidores já tiveram alguns problemas com a privatização, como no governo de Fernando Henrique, quando foi iniciado um processo de privatização e houve alguns apagões.
Porém, dessa vez pode ser diferente, já que agora os consumidores possuem outras opções com a chegada de novas fontes energéticas, como a energia solar. Com a instalação de equipamentos fotovoltaicos nos telhados para a geração distribuída, os consumidores podem economizar aproximadamente R$ 2.700 por ano.