Enquanto políticos do primeiro mundo tentam eliminar os combustíveis fósseis, em países que precisam de capital e ricos em recursos naturais, como o Brasil, o petróleo ainda é rei
Países de primeiro mundo estão na corrida da transição energética e tentam eliminar os combustíveis fósseis, mas essa realidade não chegou em países que precisam de capital e ricos em recursos naturais como o Brasil, onde o petróleo ainda é rei. Na semana passada, a Petrobras, a líder mundial em exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, anunciou investimentos de US$13 bilhões na Bacia de Campos e promete gerar empregos, tributos, royalties, participações especiais e dividendos!
Leia também
- O Brasil não merece ser retardado em seu crescimento e desenvolvimento, por medidas que interferem na gestão de uma empresa como a Petrobras
- Nova tecnologia blinda o aço da ação destrutiva da corrosão e revoluciona a indústria no mundo, substituindo custosos métodos tradicionais de jateamento, tratamento mecânico e pintura, além de durar até 10 anos sem necessidade de desligamento ou manutenção
- Multinacionais de Mineração líderes da América Latina, investem em segurança inteligente para acelerar o crescimento no setor
- A gigante do petróleo brasileiro escolhe a petroleira SBM Offshore para afretamento de 26 anos da maior plataforma FPSO do Brasil que será instalada no maior campo de petróleo de águas profundas do mundo
- Portugal convoca mão de obra brasileira para 400 vagas de emprego para trabalhar na multinacional francesa Natixis; não há limite de idade
Para a alegria dos profissionais do Brasil, do ramo do petróleo, se a transição energética está ocorrendo ao redor do mundo, ainda não chegou às ruas da Ilha da Conceição, o bairro de Niterói no centro do renascimento do petróleo no Rio de Janeiro.
Lá, ônibus e caminhões se amontoam no estaleiro da Baker Hughes, onde a gigante de serviços de energia instala centenas de quilômetros de dutos de petróleo e gás. Em outra rua, a Exxon Mobil carrega suprimentos para explorar os maiores campos de petróleo offshore do país. Royal Dutch Shell e TotalEnergies têm planos semelhantes para o fim do ano.
- Vitória do petróleo e gás? Empresas petrolíferas estão se afastando da energia verde e faturando BILHÕES com combustíveis fósseis
- Petrobras choca o mundo ao prometer TRANSFORMAR o Brasil com investimento de US$ 111 BILHÕES e geração de milhares de empregos! Será a virada do país?
- Petrobras tem plano audacioso de investimentos: a área de exploração e produção contará com um orçamento de US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), enquanto US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) serão destinados ao refino
- Brasil e Argentina fecham mega-acordo para importar gás natural barato e revolucionar a integração energética na América do Sul!
Brasil quer dobrar a produção de petróleo até 2030 para se tornar o quinto maior exportador do mundo
Enquanto políticos do primeiro mundo tentam eliminar os combustíveis fósseis, em países que precisam de capital e ricos em recursos naturais como o Brasil, o petróleo ainda é rei. Com exceção dos Estados Unidos e da Opep, o Brasil é o país que mais deve aumentar a produção de petróleo bruto até 2026.
Em 2020, enquanto o resto do mundo limitava a produção de petróleo em meio à pandemia, o Brasil era um dos poucos que aumentavam a produção, mais do que qualquer outra nação fora da Opep, exceto a Noruega. O Brasil quer dobrar a produção de petróleo até 2030 para se tornar o quinto maior exportador do mundo e, mesmo que não atinja essa meta, campos de petróleo de baixo custo posicionaram bem o país para emergir como um dos últimos redutos do mundo na transição energética.
Atualmente o Brasl está se recuperando e vive o melhor momento dos últimos anos. Transição energética? Se você tem petróleo, por que não perfurar até a última gota?
Com os reservas de petróleo de classe mundial do país, legislação favorável e amplo apoio político para o setor de petróleo e gás, centenas de milhões de dólares estão sendo gastos para encontrar novos poços.
Segundo Schreiner Parker, vice-presidente para a América Latina da consultoria Rystad Energy, em 10 anos, grandes petroleiras podem parar de buscar esses tipos de projetos de expansão em massa. Mas, até lá, precisam garantir suprimentos que durem até 2040 com o consumo ainda subindo, especialmente na China.
ANP espera que as perfurações de novos poços quadrupliquem este ano
Tudo isso torna o Atlântico Sul uma espécie de porto seguro para uma indústria que foge cada vez mais do enfraquecimento do modelo econômico e de políticas climáticas mais agressivas em outros lugares. A ANP espera que as perfurações de novos poços quadrupliquem este ano, para 19. A Rystad tem uma previsão mais modesta para a exploração de petróleo, prevendo uma duplicação do número, com ainda mais poços no próximo ano.
“Todas as grandes empresas estão se preparando para perfurar”, disse Roberto Monteiro, diretor-presidente da Petro Rio. “A ação está aqui.”
Apesar da retomada, a indústria de petróleo brasileira mostra um cenário muito distante de uma década atrás, atualmente os investimentos da gigante do petróleo brasileiro Petrobras, representam apenas uma fração dos US$ 40 bilhões por ano que a estatal gastou durante os anos de expansão.
Podemos ressaltar que por mais poços que estejam sendo sendo perfurados, não significa que a produção de petróleo vai necessariamente aumentar tanto quanto as previsões do governo. Em situação muito semelhante aos campos de gás de xisto dos Estados Unidos, essa intensa atividade é parcialmente necessária, mesmo que seja apenas para manter os níveis de produção atuais à medida que a produtividade de poços mais antigos começa a cair.
Ao mesmo tempo, a expansão da produção de petróleo deve elevar ainda mais exportações para consumidores famintos na Ásia.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a transição energética é um sinal de alerta para que o máximo de petróleo possível seja descoberto antes que comece a ser eliminado, embora o país simultaneamente aposte nos biocombustíveis e busque reduzir as emissões das operações de petróleo e gás para atender às metas climáticas.
Dona de ativos de classe mundial e com elevada geração de valor, a Petrobras vai instalar, na Bacia de Campos, três novas plataformas e muitas vagas de emprego serão geradas nos próximos cinco anos
Petrobras prevê entre 2021 e 2025, investir US$ 13 bilhões em negócios na Bacia de Campos, sobretudo para a revitalização de campos de petróleo e promete gerar empregos, tributos, royalties, participações especiais e dividendos. Ao mesmo tempo, empresas que adquiriram campos na região que eram operados pela Petrobras têm promovido uma dinamização do setor de óleo e gás e perspectivas de incremento nas economias locais.
Pelo menos seis novas empresas passaram a atuar na região, com perspectivas de alavancar a produção. O aumento da produção vai gerar maior retorno para a sociedade por meio de tributos, royalties, participações especiais, empregos e dividendos. Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), quatro das empresas que compraram ativos na região já apresentaram planos de desenvolvimento que somam R$ 13,2 bilhões.
Faz parte da estratégia da Petrobras continuar produzindo fortemente nesta importante bacia petrolífera, e um grande plano de renovação está em andamento, com investimentos já sendo realizados e previstos para os próximos anos. Foram investidos pela Petrobras na região nos últimos 10 anos US$ 53 bilhões, colocando em operação mais de 270 poços, além de 10 novos sistemas de produção.
Dona de ativos de classe mundial e com elevada geração de valor, a Petrobras vai instalar, na Bacia de Campos, três novas plataformas nos próximos cinco anos. Está programada para 2023 a instalação de duas plataformas no campo de Marlim – com capacidade de produzir, juntas, 150 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar 560 mil barris de líquidos por dia – e uma unidade para 2024 para o complexo integrado do Parque da Baleias, com potencial de produzir sozinha 100 mil bpd de óleo e processar 240 mil barris de líquidos por dia.