Petrobras: queda significativa na venda da gasolina e diesel por conta da crise do petróleo gerado pela pandemia, deixa a capacidade de armazenagem da estatal no gargalo. Apesar da crise, as exportações de petróleo da Petrobras vêm se sustentando em elevados patamares atingiu recorde em abril, com a marca de 1 milhão de barris por dia.
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A fim de garantir o abastecimento de gás de cozinha e também para produzir combustível de navegação, a Petrobras decidiu aumentar a produção nas refinarias deixando os estoques da companhia no limite.
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Gasolina e gás de cozinha são produzidos nas mesmas unidades de refino, o que significa que o aumento na produção de um deles amplia também a do outro.
Para evitar problemas de armazenamento, a estatal tem consultado distribuidoras de combustíveis em busca de tanques para guardar provisoriamente sua produção de gasolina. Segundo autoridades, ainda não há problemas para estocar petróleo no Brasil.
Com o isolamento devido a pandemia as vendas de gás de cozinha cresceram 12% em março. A expectativa do setor é que os números de abril venham ainda maiores, já que consideram o mês inteiro de isolamento.
Além da demanda por gás de cozinha, a Petrobras vem sendo beneficiada pela maior procura, no mercado internacional, por combustível de navegação menos poluente em resposta a novas restrições no transporte marítimo que começaram a vigorar em janeiro.
O petróleo do pré-sal produz combustível para navios mais limpo e é valorizado pelo baixo teor de enxofre.
As refinarias da Petrobras chegaram a operar quase à metade da capacidade na primeira quinzena de abril, mas atualmente estão retomando as operações para produzir mais combustível.
Para atrair distribuidoras que ainda tenham tanques disponíveis e queiram aproveitar para guardar produto mais barato, a petrobras tem realização de leilões de gasolina e diesel com descontos.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, refinarias, terminais e distribuidoras no Brasil têm capacidade de armazenamento de até 137 milhões de barris de combustíveis, o equivalente a 77 dias de produção de derivados em 2019.
Nos Estados Unidos, a falta de espaço para guardar o petróleo levou a cotação do óleo a operar em terreno negativo pela primeira vez na história no dia 20 de abril.
Com medo de não ter onde guardar petróleo, investidores preferiram pagar para não receber os barris. O setor vem recorrendo a navios como alternativa de tancagem, o que fez as ações de empresas de transporte marítimo de petróleo dispararem.
Grande parte da produção do petróleo no Brasil é guardada nos tanques das próprias plataformas – devido às dificuldades para construir dutos ligando os poços em alto-mar ao litoral, a Petrobras é a petroleira global que mais usa unidades conhecidas como navios-plataformas.