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Pela primeira vez, astrônomos confirmaram a existência de um buraco negro solitário

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 21/04/2025 às 22:25
buraco negro
Um campo WFC3 F814W de 2,4×2,0 mostrando o campo OGLE-2011-BLG-0462 na época final em 2022. A estrela fonte e sua vizinha mais brilhante estão identificadas. Uma estrela tênue situa-se a sudeste da vizinha, mas tem pouco efeito na astrometria da fonte. Para cada estrela, um círculo verde aberto indica sua localização em E1 em 2011, e um círculo vermelho aberto marca sua localização em E11 em 2022. As estrelas neste campo do bojo galáctico normalmente se movem cerca de 1 pixel WFC3/UVIS (0,040) ao longo de 11 anos. Crédito: The Astrophysical Journal (2025). DOI: 10.3847/1538-4357/adbe6e

Descoberta inédita revela buraco negro isolado, sem sistema estelar ao redor, cruzando silenciosamente a galáxia

A existência de um buraco negro solitário foi finalmente confirmada por uma equipe internacional de astrônomos. Trata-se da primeira vez que um objeto desse tipo é identificado sem a presença de uma estrela companheira, o que representa um avanço importante na astronomia moderna.

Descoberta começou em 2022

Em 2022, pesquisadores ligados ao Space Telescope Science Institute observaram um objeto escuro em movimento na constelação de Sagitário.

Eles suspeitaram que fosse um buraco negro solitário, ou seja, um buraco negro sem estrela companheira.

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No entanto, outra equipe científica contestou essa hipótese, sugerindo que o objeto observado poderia ser uma estrela de nêutrons.

Nova análise confirma a hipótese original

A equipe original não parou por aí. Com base em dados mais recentes, eles aprofundaram o estudo. Foram usados registros do Telescópio Hubble entre 2021 e 2022, além de informações coletadas pela sonda espacial Gaia.

A nova análise apontou que o objeto possui cerca de sete vezes a massa do Sol. Esse dado foi decisivo: uma estrela de nêutrons não poderia ter essa massa. Portanto, a explicação mais plausível era que o objeto era mesmo um buraco negro.

Confirmação vinda também da equipe rival

Curiosamente, a segunda equipe de pesquisadores, que antes havia sugerido outra interpretação, reviu seus dados em 2023. Eles também concluíram que o objeto observado é, de fato, um buraco negro.

A medição feita por esse segundo grupo apontou uma massa próxima de seis vezes a do Sol.

Mesmo com pequenas diferenças, os dados estavam alinhados e reforçaram a conclusão de que o objeto é um buraco negro solitário.

Um tipo raro e difícil de ser observado

O diferencial dessa descoberta está no fato de que, até então, todos os buracos negros identificados tinham uma estrela companheira.

Isso facilitava sua detecção, pois os cientistas conseguiam observá-los com base nos efeitos causados na luz da estrela vizinha.

No caso do buraco negro solitário, não há essa ajuda. O objeto só foi identificado porque passou em frente a uma estrela distante, distorcendo temporariamente sua luz e posição no céu.

Expectativa por novas descobertas no futuro

Com a confirmação oficial publicada no The Astrophysical Journal, a equipe espera que outros buracos negros solitários possam ser encontrados nos próximos anos.

A aposta está no Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, previsto para ser lançado em 2027. O novo equipamento deve ampliar significativamente a capacidade de detecção desses objetos raros e silenciosos no universo.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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