De eletrônicos a veículos blindados: entenda o porquê os diversos setores da indústria, concessionárias e o setor automotivo tem sofrido com o impacto da crise da falta de microchips semicondutores no mundo inteiro.
A crise mundial de produção dos microchips, conhecidos como semicondutores, atingiu diversos setores da indústria, que enfrentam dificuldades para adquirir o produto. O setor automotivo de veículos blindados e concessionárias foram algumas delas, além das empresas de eletrônicos, principalmente as que fabricam tablets, computadores e celulares.
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No Brasil, a consequência para a produção de veículos blindados tem sido grande. Apesar da procura por veículos blindados estar em crescimento, a escassez de insumos para a produção desse tipo de automóvel tem impactado negativamente o setor.
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A Autobunkers Defense é um grupo empresarial com 20 anos de experiência de mercado, que se tornou referência no país na área de blindagem automotiva, no setor automotivo. O grupo já conta com mais de 15 mil veículos blindados comercializados e 7 mil blindagens executadas. A Autobunkers Defense possui todos os certificados exigidos pelo Exército Brasileiro, que é o responsável pelo controle da blindagem veicular, bem como pelo tratamento dos demais produtos controlados, como por exemplo, explosivos, armas, munições e materiais balísticos.
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Segundo Olavo Ehmke, sócio-diretor do grupo empresarial Autobunkers Defense, a falta dos microchips semicondutores utilizados na fabricação de veículos blindados estão afetando a produção. “Tem prejudicado a cadeia como um todo. Desde o veículo popular desprovido de acessórios até os mais complexos. A falta desses produtos se deve ao uso de semicondutores para produção de televisores, celulares, computadores e tudo aquilo que a população se mobilizou para comprar durante a pandemia”, revela.
Os semicondutores na indústria automobilística e a importância para a produção de veículos blindados
A indústria automobilística entrou definitivamente na era da digitalização. Junto com isso, houve a necessidade de reduzir a poluição, gerar mais conforto e autonomia, surgindo assim, veículos “mais monitorados” e protegidos. Desta forma, os micro chips semicondutores, no caso, são peças-chave para esse processo de digitalização.
O diretor da Autobunkers Defense, pontua que os veículos blindados sofisticados são os que mais sofrem com a falta de insumos. Ele pontua que “Quanto mais sofisticado é o carro, mais michochips semicondutores ele necessita. São diversos equipamentos e acessórios, tornando mais difícil que ele consiga ser concluído na linha de produção. E são exatamente esses carros que estão em falta no mercado, veículos sofisticados acima de quinhentos mil até um milhão de reais. São difíceis de encontrar e não há nem programação de entrega desses carros”, relata.
Ele ainda ressalta que esses problemas têm gerado contratempos não só para consumidores, mas também para as próprias concessionárias que realizam e vendem veículos zero km. “Isso traz uma ameaça direta à sobrevivência desse tipo de rede de concessionárias que, inclusive, já foram objeto de questões judiciais de ressarcimento de prejuízo em função da impossibilidade de oferecer veículos zero que a rede precisa. Não tem como se manter no mercado vendendo menos de 10% do que a empresa se propôs no modelo de negócio”, declara.
Ainda segundo Ehmke, a Autobunkers está com vários clientes em fila de espera por veículos blindados. “São diversos pedidos e à medida que esses carros vão chegando, nós vamos produzindo a blindagem e disponibilizando ao mercado”, finaliza o executivo.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fez uma projeção no início do mês sobre a produção das montadoras instaladas no país. Segundo eles, as montadoras devem produzir em dezembro um volume menor de veículos que em novembro. As concessionárias tiveram em 2021 o pior novembro em vendas desde 2005.