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O fim da mão de obra tradicional está próxima? Com o avanço da Inteligência Artificial, 41% das empresas planejam substituir cargos humanos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 03/03/2025 às 11:09
Foto gerada por IA

Estudos mostram se o fim da mão de obra tradicional com a substituição de cargos com IA está próxima. Confira abaixo o que os especialistas dizem sobre a substituição da mão de obra tradicional por inteligência artificial.

O avanço da Inteligência Artificial está transformando rapidamente o mercado de trabalho, levando muitas empresas a automatizar tarefas e reestruturar seus quadros de funcionários. De acordo com o Relatório do Futuro do Trabalho 2023, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, cerca de 41% das empresas globais preveem a redução ou substituição de parte da força de trabalho devido à adoção da IA e automação nos próximos anos. Nos Estados Unidos, esse percentual pode chegar a 48%, refletindo a crescente digitalização e a busca por maior eficiência operacional.

Especialistas tranquilizam sobre o fim da mão de obra tradicional

Apesar da preocupação gerada pelo avanço da Inteligência Artificial, especialistas garantem que não há um colapso iminente no emprego global.

Segundo um dos autores do estudo e chefe de Trabalho, Salários e Criação de Empregos do Fórum Econômico Mundial, Till Leopold, o maior desafio não está na substituição de cargos com IA, mas sim na transformação das funções existentes.

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Segundo Leopold à CNBC Make It, não estamos diante do famoso cenário de apocalipse dos empregos. O relatório mostra que 77% das empresas planejam investir na capacitação de seus funcionários para que possam atuar em conjunto com a IA, enquanto 47% estudam transferir seus empregados de áreas em declínio para outros cargos dentro da organização, evitando assim a substituição de mão de obra tradicional.

O impacto da Inteligência Artificial será mais sentido em cargos analíticos e administrativos que dependem da entrada de dados, como trabalhos de escritório, funções paralegais e contabilidade. Além disso, áreas como design gráfico também devem passar por mudanças, tendo em vista que ferramentas de IA generativa tem demonstrado serem promissoras nessas áreas, trazendo o fim da mão de obra tradicional.

Estados Unidos possui maior tendência de substituição de cargos com IA

Para Leopold, o mercado não fará a substituição da mão de obra tradicional por completo, mas sim, irá transformá-las.

Os empregos como conhecemos atualmente não existirão da mesma forma daqui a cinco anos. Essa transformação já está em curso e uma pesquisa da Universidade Duke mostrou que 37% dos diretores financeiros já utilizam Inteligência Artificial para tarefas antes realizadas por humanos, e 54% visam ampliar esse uso ao longo do próximo ano.

Entre as grandes empresas, o índice é ainda maior, com 76%. Mesmo assim, o impacto imediato da substituição de cargos com IA pode ser mais sutil do que se imagina. Segundo John Graham, professor de finanças da Duke no curto prazo, a Inteligência Artificial será utilizada para preencher lacunas e evitar novas contratações, em vez de gerar demissões em massa e o fim da mão de obra tradicional. 

Setor financeiro pode sentir impacto na substituição da mão de obra tradicional

Por outro lado, o setor financeiro pode sentir um impacto mais severo com a substituição de cargos com IA. Um estudo realizado pela Bloomberg Intelligence prevê que os bancos podem cortar até 200 mil empregos nos próximos 5 anos devido à inteligência artificial, com quase 25% dos entrevistados esperando uma redução de 5 a 10% da força de trabalho.

Ainda assim, especialistas concordam que a automação não trará o fim da mão de obra tradicional, mas transformará a forma como os profissionais trabalham. O grande diferencial para os trabalhadores do futuro estará no desenvolvimento de habilidades humanas, como resiliência, criatividade, colaboração e adaptabilidade.

Essas soft skills serão ainda mais fundamentais à medida que a IA se integra ao dia a dia do ambiente de trabalho. A IA não mudará apenas como as empresas atuam, mas também demanda que os profissionais se reinventem.


Fonte: Exame

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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