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Novo motor turbo 100% a etanol da Stellantis com ignição por plasma chega ao mercado automotivo para mudar tudo!

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 03/04/2024 às 07:10
Novo motor turbo a etanol da Stellantis
Foto: Youtube/Reprodução
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A multinacional Stellantis planeja lançar no mercado automotivo brasileiro um novo motor turbo 100% movido a etanol que pode revolucionar o segmento. Entenda todos os detalhes e configurações e como o novo propulsor funcionará.

Em 2019, na época da inauguração de sua nova fábrica de motores em Betim (MG), a multinacional Stellantis revelou ao mercado automotivo um novo projeto de novo motor turbo a etanol de alta eficiência, que recebeu o nome de E4, com base no propulsor 1.3 GSE T4 turbo flex que, nos carros Fiat e Jeep, ficou conhecido como Turbo 270 ou T270.

O projeto do novo motor turbo a etanol foi engavetado tempo depois, mas ressurgiu em 2023, quando a Stellantis divulgou a jornalistas o interesse de apostar mais no biocombustível derivado da cana-de-açúcar, seja por meio de motores híbridos flex, de acordo com a recém-lançada família Bio-Hybrid, ou de conjuntos motrizes alimentados apenas por etanol.

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Durante o lançamento da plataforma Bio-Hybrid, que será formada por três tipos diferentes de motorização híbrida, executivos da Stellantis deram pequenas atualizações sobre como vem avançando o desenvolvimento do novo motor turbo a etanol da empresa. Aparentemente, o projeto tomou rumos surpreendentes no mercado automotivo global.

Entenda a estratégia da Stellantis no mercado automotivo com o desenvolvimento do seu novo motor turbo a diesel

Se as informações estiverem corretas, o novo motor turbo a etanol não está mais sendo desenvolvido para tracionar as rodas, mas sim para servir como gerador de energia para um motor elétrico, aos moldes do sistema e-Power da Nissan.

Contudo, o conjunto ainda conta com um microrreformador com o objetivo de otimizar o funcionamento do motor e a geração de energia. O objetivo seria oferecer a tecnologia não para carros de passeio, mas sim, para utilitários de maior porte, que precisam de maior autonomia para rodar.

Como vai funcionar o novo motor turbo a etanol da Stellantis?

Diferente do sistema da Nissan e-Power, usado em carros de passeio de porte compacto, que conseguem rodar com volume de energia relativamente pequeno, utilitários como vans de passageiros e furgões de carga de maior parte, necessitam de mais torque e elasticidade para operar.

Consequentemente, precisam de mais energia simultânea para rodar e de maior autonomia para grandes distâncias. Isso justificaria o uso do motor GSE de quatro cilindros, e não o de três, com sobrealimentação por turbo. Já o reformador serviria para a chamada Reforma e Recirculação de Gases do Escape (REGR), uma evolução do sistema EGR de recirculação de gases presente em motores a diesel.

Através deste motor turbo a etanol da Stellantis, haveria a chamada catálise desses gases e de pequenas quantidades de etanol, transformando os gases que seriam eliminados pelo escapamento em outros quatro: Hidrogênio (H2), Monóxido de carbono (CO), Dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4). O hidrogênio e o monóxido de carbono seriam devolvidos à câmara de combustão. Esse H2 permite que se trabalhe com uma ignição por plasma, menos agressiva, gastando menos energia e melhorando o consumo de combustível, além de reduzir ainda mais as emissões.

Stellantis também planeja novo motor híbrido flex

Além do motor turbo movido a etanol, a Stellantis também está desenvolvendo um novo motor híbrido flex, do qual será possível usar outros biocombustíveis em combinação com motores elétricos, reduzindo custos e a pegada de carbono.

Para o executivo da Stellantis, Antonio Filosa, o Brasil conta com amplas alternativas para reduzir rapidamente as emissões de CO2 dos veículos através da combinação de seus biocombustíveis com a eletrificação, mas é necessário o incentivo para que essa transição aconteça.

O executivo, em relação às recentes críticas da imprensa sobre o etanol estar atrasando a eletrificação e o progresso tecnológico do país, comentou que no exterior, essa vantagem brasileira única no mundo é muito bem reconhecida, mas parece que os brasileiros desmerecem as imensas alternativas que só existem aqui.

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Paulocafesantos
Paulocafesantos
13/04/2024 07:59

Motor a combustão é pra museu. Vamos ficar pra trás perante o resto do mundo. Não tem como competir com motor elétrico. A unica coisa que ainda segura sua completa supremacia são as baterias. Que muito rapidamente vai ser resolvido. E não vai ser por gerador a combustão. Etanol = hidrogênio. Ai sim estamos no caminho do futuro.

Fraga Araujo
Fraga Araujo
11/04/2024 18:22

Excelente projeto, seria uma espécie de ciclo combinado atalmente usado nas usinad a GN, com 40% de eficiência sobre o comvencional.
Em se tratando de menores potências e novas tecnologias pode-se elevar a eficiência fo sistema.

Celso
Celso
11/04/2024 14:12

Infelizmente o brasileiro tende a valorizar o que não é produzido no pais

Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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