Entidades representantes dos caminhoneiros deram prazo de 15 dias para que o Governo Federal atenda as exigências. Caso as reivindicações não sejam atendidas, uma nova greve dos caminhoneiros acontecerá no dia 1° de novembro.
No último sábado (16), entidades representantes dos caminhoneiros se reuniram e deram prazo de 15 dias para que o Governo Federal atenda as reivindicações da categoria. Caso não sejam atendidos, os motoristas planejam fazer uma nova greve dos caminhoneiros a partir do dia 1° de novembro. Entre as exigências solicitadas pelas entidades estão o estabelecimento e o cumprimento de um frete mínimo, revisão da política de preços da Petrobras e redução do preço do diesel.
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1 milhão de motoristas participarão da possível greve dos caminhoneiros, no próximo mês
A reunião contou com a presença da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava). As entidades são ligadas aos caminhoneiros autônomos que fizeram parte da greve dos caminhoneiros de 2018.
De acordo com o diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer, o Governo Federal teve um prazo de 3 anos para facilitar e melhorar a vida dos caminhoneiros autônomos e nada foi cumprido. Serão dados mais 15 dias para que a pauta, que é de conhecimento do Governo Federal e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, seja aplicada de fato para os motoristas, caso contrário haverá greve dos caminhoneiros novamente.
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Ainda de acordo com Litti, os profissionais do setor enfrentam dificuldades jamais vistas e ainda destacou que a situação vem se agravando ao longo dos últimos três anos, após a nova regência do Governo Federal por Jair Bolsonaro. O chamado de ¨greve das entidades¨, conta com a participação de aproximadamente 1 milhão de caminhoneiros. Além disso, a sociedade também participará.
Confira as reivindicações solicitadas pelos caminhoneiros para que não haja greve.
As entidades divulgaram a lista de pedidos para que a greve dos caminhoneiros seja suspensa. Confira:
- Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;
- Revisão da política de preços da Petrobras;
- Redução do preço do diesel;
- Aprovação do Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas;
- Mudanças na proposta do voto em trânsito no Senado;
- Volta da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
- Melhoria e criação de pontos para que os motoristas descansem.
Comissão Parlamentar de Inquérito do Combustível.
A articulação com o Governo Federal será feita pelo presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas e também deputado federal, Nereu Crispim (PSL-RS). O grupo é composto por 22 senadores e 273 deputados federais.
No fim do último mês, o grupo divulgou o documento que pedia a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito do Combustível (CPI). O pedido aconteceu logo após a Petrobras divulgar o aumento de aproximadamente 9% no diesel nas refinarias.
De acordo com a Frente, no documento divulgado, é preciso desvendar com urgência o “segredo” dos aumentos desenfreados do gás de cozinha e combustíveis. O fato é que há uma solução para que os preços sejam equilibrados, mas falta uma administração coerente. Se a estatal utilizasse o preço de paridade internacional, as refinarias estariam atuando a carga completa e as importações dessa ordem não seriam utilizadas.