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O CEO do Facebook e WhatsApp, Mark Zuckerberg, lançou críticas à Apple. A declaração alimenta a rivalidade entre as gigantes da tecnologia
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, participou do popular podcast Joe Rogan Experience em uma entrevista repleta de declarações polêmicas do bilionário. Entre os tópicos discutidos, destacaram-se suas críticas à Apple, às políticas da App Store e à falta de inovações significativas da empresa nos últimos anos.
Para o dono do Facebook, a gigante está “sentada” sobre o legado do iPhone e não tem apresentado avanços tecnológicos relevantes.
Mark Zuckerberg – A crítica à Apple e a questão da inovação
Mark Zuckerberg apontou diretamente para o que considera a estagnação da Apple em termos de inovações. Segundo ele, desde o lançamento do iPhone por Steve Jobs, a empresa tem se limitado a pequenos avanços que não justificam a expectativa criada em torno de seus produtos. Ele afirmou:
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“[A Apple] usou o [iPhone] para colocar em prática muitas regras que eu acho que parecem arbitrárias. Eu sinto que eles não inventaram nada realmente grande há algum tempo. É como se Steve Jobs tivesse inventado o iPhone e agora eles estivessem apenas sentados nele 20 anos depois.”
O CEO da Meta também sugeriu que as vendas de iPhones podem estar em declínio, já que os modelos mais recentes não apresentam inovações que incentivem atualizações frequentes.
Segundo Zuckerberg, isso explicaria a estratégia da Apple de focar em taxas de 15-30% aplicadas a desenvolvedores na App Store, algo que ele descreveu como uma tentativa de “espremer” mais lucro em um mercado estagnado.
AirPods e óculos Meta Ray-Ban: o bloqueio da concorrência
Outro ponto levantado por Mark Zuckerberg foi o comportamento da Apple em relação à conectividade e integração de seus produtos.
Ele destacou que os AirPods, apesar de populares, foram projetados de forma a dificultar a concorrência. Segundo ele, a Apple utiliza um protocolo proprietário que impede outras empresas de oferecerem dispositivos que se conectem tão facilmente ao iPhone.
Além disso, Zuckerberg mencionou que a Meta enfrentou barreiras ao tentar integrar seus óculos inteligentes Meta Ray-Ban ao iPhone.
O protocolo necessário para facilitar a conexão foi negado pela Apple sob o argumento de questões de segurança. Zuckerberg ironizou a justificativa:
“Eles dizem que não podem permitir porque seria inseguro. Mas é inseguro porque eles mesmos não criaram segurança nele. Agora usam isso como desculpa para justificar o monopólio.”
Essa prática, segundo Zuckerberg, reflete a postura da Apple de limitar inovações externas enquanto promove seus próprios produttos.
Ele sugeriu que, se a empresa fosse mais aberta, haveria concorrentes capazes de desenvolver dispositivos superiores aos AirPods.
A bolha azul do iMessage – Mark Zuckerberg
Outro tema controverso abordado por Mark Zuckerberg foi o iMessage, serviço de mensagens da Apple, e sua estratégia de criar bolhas azuis para mensagens enviadas entre usuários de iPhone. Para ele, essa escolha de design é uma forma de exclusão social, especialmente entre adolescentes.
“A coisa toda que eles fizeram com o iMessage, eles fazem essa coisa toda de bolha azul, bolha verde. Para as crianças, é meio que tipo, eles te envergonham, certo? Dizem que, se você não tem uma bolha azul, você não é legal.”
Esse detalhe aparentemente simples tem um impacto psicológico considerável, criando uma distinção entre usuários da Apple e de outras plataformas.
Segundo Zuckerberg, a Apple justifica essas escolhas em nome de segurança, mas o objetivo principal seria reforçar o domínio de seu ecossistema.
RCS e a segurança nas mensagens
Durante a entrevista, Rogan e Mark Zuckerberg discutiram o suporte da Apple ao padrão de mensagens RCS (Rich Communication Services).
Apesar da empresa ter adicionado suporte ao protocolo no iOS 18, Zuckerberg criticou o fato de o RCS Universal Profile, padrão utilizado atualmente, não oferecer criptografia.
Ele destacou que, enquanto a Apple trabalha para melhorar a segurança do RCS em parceria com a GSM Association, o protocolo atual ainda não é uma solução confiável para proteger a privacidade dos usuários.
Vision Pro: elogios com ressalvas
Apesar das críticas, Zuckerberg reconheceu que a Apple tem capacidade de lançar produtos impactantes. Ele mencionou o Vision Pro, o headset de realidade mista da empresa, como um exemplo de inovação. No entanto, apontou o preço elevado de US$ 3.500 como um problema, comparando o dispositivo aos óculos de realidade virtual da Meta, que custam cerca de US$ 300 a US$ 400.
“Eles enviaram algo por $3.500 que eu acho que é pior do que a coisa que enviamos por $300 ou $400. Então, isso claramente não ia funcionar muito bem.”
Zuckerberg afirmou que o Vision Pro é uma tentativa ousada da Apple de explorar um novo mercado, mas acredita que as versões futuras do produto terão maior impacto.
Ele reconheceu que a Apple tem um histórico de aprimorar produtos ao longo do tempo, mas acredita que sua abordagem inicial para o Vision Pro está longe de ser revolucionária.
Otimismo para o futuro
Apesar das críticas, Zuckerberg expressou otimismo de que a Apple possa ser desafiada por empresas que estejam mais comprometidas com a inovação. Ele reforçou que o ritmo atual da gigante de Cupertino não é sustentável a longo prazo:
“Eu estou otimista de que alguém vai derrotar a Apple mais cedo ou mais tarde. Eles estão fora do jogo em termos de não lançar coisas inovadoras.”
