A indústria de óleo e gás começa a dar os primeiros sinais de recuperação no Rio de Janeiro. Macaé, a cidade estrela da Bacia de Campos, tenta se reerguer após a grande crise que atingiu o setor
A cerca 180 Km da capital do Rio, mais ou menos 2:30 de viagem no nordeste do Estado, Macaé ganhou o apelido de Capital Nacional do petróleo, e é um bom exemplo para uma conversa de como anda o setor atualmente. Mas antes da gente comentar o cenário de 2018, convidamos para uma rápida jornada afim de mostrar como esta cidade cresceu a partir da exploração do petróleo.
Ascensão e Crise em Macaé
No ano de 1980 ou 82, começaram a vir as grandes empresas internacionais, ocasionando em um grande “Boom” de produção de petróleo, a cidade acabou passando por um processo de restauração de crescimento, digamos assim chinês…. Mas em 2014/2015 vieram os escândalos da Petrobras, o preço do barril do petróleo despencou e o Brasil mergulhava na crise econômica, fazendo a capital Nacional do petróleo travar.
Foram perdidos mais de 40 mil empregos na área de petróleo nesses últimos 4 anos. Não apareciam mais empresários do setor interessados em comprar os terrenos industriais da cidade, sequer hóspedes no setor hoteleiro, ocasionando um efeito Cascata em toda a economia da cidade, já que muitas empresas se mudaram e os habitantes que aqui tiravam sua renda foram obrigados a mudar de município.
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Macaé é a preferida das grandes petroleiras
Mas em setembro do ano passado, lotes da Bacia de Campos voltaram a ser disputados no leilão depois de 10 anos, todas as áreas oferecidas foram vendidas. Apenas pela assinatura do contrato de seis blocos marítimos, a Petrobras e a norte-americana ExxonMobil pagaram mais de 3 bilhões de reais. E na última quinta-feira um novo recorde, a décima quinta rodada dos Leilões arrecadou mais de oito bilhões de reais, com destaque é claro para Bacia de Campos, que faz margem com a cidade de Macaé.
O cenário acabou se tornando mais atraente após mudanças regulatórias, e a Agência Nacional do Petróleo prevê mais três leilões até o final de 2019.
A expectativa da agência que as empresas invistam mais de 80 Bilhões de Dólares em 300 Poços marítimos em todo o Brasil, são estimados mais de 10 bilhões de barris recuperáveis que podem arrecadar mais de 100 bilhões em royalties de petróleo.
Tipos de empresas que se instalarão no Parque Bellavista
Voltando a Macaé, os sinais da retomada devagarzinho vão aparecendo: o Parque Industrial BelLavista também vinha caminhando devagar, conseguiu vender apenas 1 terreno em 2015 e outro em 2016, mas em 2017 com este outro cenário dos Leilões, a situação começou a ficar um pouco diferente, na verdade 4 empresas compraram espaços. As empresas que se instalaram foram de alimentação e hotelaria no mar, manutenção de válvulas, soldagem e tratamento de resíduos industriais. Além destas, muitas outras empresas estão interessadas e a procura está muito boa, um sinal claro que a cidade voltara a ficar forte nesta modalidade! Vejam o vídeo da uma reportagem da Globo News